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Dólar é cotado abaixo de R$ 4,80. Vai cair mais? É hora de comprar?

Moeda americana: gastos do governo e reforma tributária mexem com a cotação - SIphotography/Getty Images/iStockphoto
Moeda americana: gastos do governo e reforma tributária mexem com a cotação Imagem: SIphotography/Getty Images/iStockphoto

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/06/2023 11h27

O dólar abriu o dia de hoje, 19, em queda, abaixo dos R$ 4,80. Às 14h, o dólar estava em queda de 1,00%, cotado a R$ 4,771.

Desde o começo do ano, a moeda já caiu 10,78%. É o menor valor desde 26 de maio do ano passado, quando chegou a R$ 4,768. Acompanhe aqui a cotação em tempo real.

A pergunta é: até onde o dólar deve cair? O boletim Focus do Banco Central, publicado hoje, estima que a moeda chegue a R$ 5,00 até o fim do ano. Para o ano que vem, a previsão é de R$ 5,10, e R$ 5,25 em 2026.

O dólar pode ficar em R$ 4,80 na melhor das hipóteses. Na pior, em R$ 5,10, acredita Ariane Benedito, economista especialista da ESH Capital.

O Goldman Sachs porém está bem otimista e acha que ainda há potencial para queda. Para o banco americano, o valor justo para a moeda é em torno de R$ 4,30. "Estimamos que o dólar caia para R$ 4,60 em três meses, para R$ 4,40 em seis meses e fique em R$ 4,40 em 12 meses." A estimativa anterior era de R$ 4,90, R$ 4,85 e R$ 4,80, respectivamente.

Alguns especialistas têm previsões de altas ainda maiores. Gabriel Costa, analista da Toro Investimentos, acredita em R$ 5,15. Há quem preveja um dólar a R$ 5,30, como é o caso de Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

O que pode fazer o dólar continuar em R$ 4,80?

O que ajuda a puxar a cotação da moeda americana para baixo é a economia dos próprios Estados Unidos. Por lá, o ciclo de alta dos juros deu uma pausa esta semana. Mesmo que ainda haja alguma correção da taxa para cima, a tendência é que o Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) termine o ano fazendo um corte nos juros, diz Costa.

Com isso, o dinheiro de investidores que está lá deve voltar para mercados emergentes, como o Brasil. Com mais dólares entrando aqui, menor a cotação.

Já as discussões sobre a reforma fiscal - uma reivindicação antiga do mercado - são outro fator que puxa o dólar para baixo. "Só de haver uma discussão sobre reforma tributária em andamento é um fato tão positivo que ajuda na cotação do dólar", diz Ariane.

As exportações também estão sendo retomadas, principalmente para China. Gabriel Meira, economista e sócio da Valor Investimentos, diz que comércio exterior traz dólares para o Brasil.

Se os juros caírem, parte do dinheiro que está aplicado na poupança pode ir para o consumo. Isso ajuda a indústria, segundo Ariane, e uma produção aquecida ajuda sim a valorizar o real.

O que pode fazer o dólar subir para mais de R$ 5?

Os gastos do governo podem elevar a cotação. "A dívida já está elevada demais. Quanto maior, mais o dólar sobe. Seria bom a dívida continuar estável, mas na realidade ela precisava cair", afirma Claudia.

O dólar também está se valorizando frente a outras moedas no mundo, mesmo com os últimos movimentos do Fed, de manutenção da taxa de juros americana.

Muitos investidores que estão aproveitando agora a Selic a 13,75% vão buscar taxas altas em outros países se os juros caírem por aqui, acredita Claudia. Mas essa tese é polêmica, segundo Ariane. "As aplicações de renda fixa não têm tanta liquidez assim. Ou seja, o dinheiro não sai da aplicação a qualquer momento", afirma ela.

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