Efeito dominó derruba as Bolsas ao redor do planeta
As Bolsas vivem uma quinta-feira (11) complicada: quedas expressivas no mercado asiático e operações em baixa na abertura das Bolsas europeias, depois do resultado negativo dos Estados Unidos na véspera, em um cenário tenso pela guerra comercial e o aumento dos juros nos EUA, medida criticada por Donald Trump.
A Bolsa de Tóquio, no Japão, perdeu 3,89%, a de Xangai, na China, mais de 5% e a de Hong Kong 3,5%.
Leia também:
- Petrobras perdeu R$ 12,5 bi na Bolsa após declarações de Bolsonaro
- Onde investir após 1º turno? Veja dicas de analista
- Eleição: boatos são usados para especulador ganhar com Bolsa e dólar
O efeito dominó atingiu as principais Bolsas da Europa: nos primeiros minutos da sessão, Paris (França) operava em queda de 1,5%, Londres (Inglaterra) recuava 1,35% e Frankfurt (Alemanha) perdia 1,31%.
Os mercados estão "ameaçados", afirmou Stephen Innes, diretor para Ásia-Pacífico na OANDA, empresa de serviços financeiros.
"Há vários motivos: a queda em Wall Street, o aumento das taxas de juros a longo prazo, novas preocupações com as relações comerciais entre China e Estados Unidos e uma atitude prudente antes dos anúncios dos resultados das empresas", declarou à agência Bloomberg Juichi Wako, da consultoria japonesa Nomura Securities.
BC dos EUA "enlouqueceu", diz Trump
O presidente americano, Donald Trump, afirmou na quarta-feira que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) "enlouqueceu", em um novo ataque contra a instituição e sua política de aumento progressivo das taxas de juros.
Trump fez as declarações após um dia negativo para Wall Street. O índice Dow Jones fechou a quarta-feira no menor nível desde fevereiro. O índice industrial Dow Jones caiu 3,15%, a 25.598,74 pontos, apenas oito dias depois de ter registrado o máximo histórico.
O Nasdaq, índice de valores tecnológicos, recuou 4,08%, a 7.422,05 unidades, o pior valor desde junho de 2016.
"Acho que o Fed está cometendo um erro. Acho que o Fed enlouqueceu (...). Realmente não concordo com isto", disse Trump, que habitualmente critica o Fed por sua política de aumentar gradualmente as taxas de juros.
A maioria das grandes empresas americanas sofreu no pregão de quarta-feira: Boeing e Facebook perderam mais de 4%, e Amazon, Nike e Microsoft caíram além de 5%.
FMI defende alta dos juros
A diretora gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, justificou nesta quinta-feira o aumento das taxas de juros, que chamou de "necessário e inevitável" para economias como a dos Estados Unidos, com um crescimento forte, um aumento da inflação e um desemprego "extremamente baixo".
Para evitar o superaquecimento da economia e o retorno da inflação, o Fed elevou em três oportunidades este ano as taxas de juros em 0,25%, o que deve voltar a acontecer em dezembro. As taxas de juros agora estão na faixa entre 2% e 2,25%.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.