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Alta do bitcoin começa a lembrar bolha de 2017, dizem analistas

Joanna Ossinger

26/06/2019 07h34

(Bloomberg) -- A alta vertiginosa do bitcoin começa a ficar cada vez mais parecida com a valorização ocorrida no auge da euforia no mercado de criptomoedas, há dois anos.

A moeda virtual chegou a operar em alta de 14% na quarta-feira, atingindo US$ 12.900 pela primeira vez desde janeiro de 2018. A alta acumulada desde o início de abril passa de 200%. Seu índice de força relativa, um indicador de momentum, está agora muito perto do nível quando a criptomoeda atingiu o pico de cerca de US$ 19.500 em 2017.

Diante da forte valorização, agora operadores tentam identificar se o rali deste mês tem mais poder de resistência do que a bolha que varreu US$ 700 bilhões do mercado de criptomoedas em 2018.

Embora os otimistas tenham se animado com o crescente interesse em moedas virtuais de grandes empresas como Facebook e JPMorgan Chase, os céticos dizem que não se sabe como essas iniciativas acabarão beneficiando o bitcoin e outras criptomoedas.

Caso a marca de US$ 12.720 seja ultrapassada, "permitirá uma retração completa do mercado vendedor de 2018", disse Dean Curnutt, fundador da Macro Risk Advisors, embora tenha destacado em comentários na terça-feira que o rali "se torna cada vez mais impulsivo".

A última vez que o bitcoin ultrapassou US$ 12 mil foi em dezembro de 2017. Depois a moeda subiu ainda mais, chegando a US$ 19.511 no fim daquele mês, mas a alta foi seguida por uma queda vertiginosa, que levou a cotação para menos de US$ 6.000 em fevereiro. Entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, o bitcoin passou cerca de seis semanas acima de US$ 12 mil.

(Com a colaboração de Michael Patterson e Cormac Mullen)

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