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Levy é anunciado ministro da Fazenda; Nelson Barbosa vai para Planejamento

Alexandre Tombini (esq.), presidente do BC; Nelson Barbosa (ao centro), novo ministro do Planejamento; e Joaquim Levy, futuro ministro da Fazenda - Pedro Ladeira/Folhapress
Alexandre Tombini (esq.), presidente do BC; Nelson Barbosa (ao centro), novo ministro do Planejamento; e Joaquim Levy, futuro ministro da Fazenda Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

27/11/2014 18h14

O governo federal anunciou nesta quinta a nova equipe econômica, que vai fazer parte do segundo mandato do governo de Dilma Rousseff.

A indicação confirmou a ida de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda; Nelson Barbosa para o Planejamento; e a permanência de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central.

De maneira geral, o mercado financeiro reagiu bem aos nomes, porque sinalizam que a presidente está disposta a adotar medidas mais ortodoxas para a política econômica.

Corte na meta de superavit

Em seu primeiro discurso após o anúncio, Joaquim Levy anunciou que a pasta vai cortar pela metade a meta de superavit primário, a economia para pagar os juros da dívida, em 2015, de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para 1,2%.

Com a mudança, Levy confirmou a informação de que pretende adotar metas realistas de economia, para entregar o que promete. O atual ministro, Guido Mantega, tem sido muito criticado pelo mercado por não cumprir as metas propostas.

Ele foi endossado na proposta por Nelson Barbosa, o futuro ministro do Planejamento. Em seu discurso, Barbosa afirmou que vai trabalhar "na adequação da proposta orçamentária de 2015 ao novo cenário macroeconômico e ao objetivo da elevação gradual do resultado primário".

Programa de atuação do BC

As declarações de Tombini, por sua vez, deixaram os investidores preocupados, fazendo com que o dólar fechasse em alta nesta quinta, a R$ 2,53.

Ele afirmou que o ritmo de atuações do BC no mercado de câmbio (por meio da venda de contratos de dólar) "já atende" à necessidade do mercado de proteção cambial, e que o programa deve continuar.

PIB, desemprego e inflação são desafios

Para economistas ouvidos pelo UOL, economia parada, inflação em alta, gastos elevados, risco de desemprego e desconfiança dos empresários são os principais desafios que os novos ministros devem enfrentar.

O problema mais urgente que deve ser enfrentado pela nova equipe econômica, dizem os analistas, é o do superavit primário, que tem ficado fora da meta.

O superavit é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. O objetivo para 2014 era economizar o equivalente a 1,9% do PIB. Essa meta não só não foi cumprida, como existe o risco de o país terminar o ano com deficit.

(Com agências de notícias)