Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Inflação acelera, mas tem melhor abril desde 2013; em 12 meses, é de 9,28%

Do UOL, em São Paulo

06/05/2016 09h02Atualizada em 06/05/2016 23h09

A inflação oficial no Brasil fechou o mês de abril em 0,61%. O número representa uma aceleração em relação a março, quando a alta dos preços havia sido de 0,43%, mas foi menor que a inflação de abril do ano passado (0,71%). 

Apesar da aceleração, essa é a menor variação para abril desde 2013 (0,55%).

No acumulado de 12 meses, a alta dos preços atingiu 9,28%, menor que no mês anterior (9,39%) e novamente abaixo de 10%.

Ainda assim, a alta dos preços ainda está muito acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.

Em 2015, a inflação foi de 10,67%.

Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Alimentação e saúde

Os grupos de Alimentação e Bebidas e de Saúde e Cuidados Pessoais foram os que mais influenciaram o índice de inflação em abril.

Os preços com saúde subiram 2,33% em abril, após alta de 0,78% no mês anterior. O maior peso foi o da alta de 6,26% dos remédios.

No começo de abril, o governo federal autorizou um aumento de até 12,5% no preço de remédios. Foi a primeira vez em mais de dez anos que o aumento fica acima da inflação.

Já o grupo Alimentação e Bebidas, que tem importante peso sobre a renda das famílias, mostrou desaceleração em abril, com alta de 1,09%, sobre 1,24% no mês anterior. Mas ainda assim teve grande peso sobre o resultado do IPCA de abril. 

Inflação e juros

A inflação alta tem sido uma das principais dores de cabeça para o Banco Central nos últimos anos. A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.

Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.

Porém, a taxa de juros já está alta e aumentá-la ainda mais poderia comprometer a retomada do crescimento da economia.

Na última reunião, o BC manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25%. Essa taxa de juros é a mais alta desde agosto de 2006, quando ela também estava em 14,25%. 

(Com Reuters)

A crise econômica no bolso: o que mudou na sua vida?

UOL Notícias