Inflação acelera, mas tem melhor abril desde 2013; em 12 meses, é de 9,28%
A inflação oficial no Brasil fechou o mês de abril em 0,61%. O número representa uma aceleração em relação a março, quando a alta dos preços havia sido de 0,43%, mas foi menor que a inflação de abril do ano passado (0,71%).
Apesar da aceleração, essa é a menor variação para abril desde 2013 (0,55%).
No acumulado de 12 meses, a alta dos preços atingiu 9,28%, menor que no mês anterior (9,39%) e novamente abaixo de 10%.
Ainda assim, a alta dos preços ainda está muito acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.
Em 2015, a inflação foi de 10,67%.
Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Alimentação e saúde
Os grupos de Alimentação e Bebidas e de Saúde e Cuidados Pessoais foram os que mais influenciaram o índice de inflação em abril.
Os preços com saúde subiram 2,33% em abril, após alta de 0,78% no mês anterior. O maior peso foi o da alta de 6,26% dos remédios.
No começo de abril, o governo federal autorizou um aumento de até 12,5% no preço de remédios. Foi a primeira vez em mais de dez anos que o aumento fica acima da inflação.
Já o grupo Alimentação e Bebidas, que tem importante peso sobre a renda das famílias, mostrou desaceleração em abril, com alta de 1,09%, sobre 1,24% no mês anterior. Mas ainda assim teve grande peso sobre o resultado do IPCA de abril.
Inflação e juros
A inflação alta tem sido uma das principais dores de cabeça para o Banco Central nos últimos anos. A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.
Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.
Porém, a taxa de juros já está alta e aumentá-la ainda mais poderia comprometer a retomada do crescimento da economia.
Na última reunião, o BC manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25%. Essa taxa de juros é a mais alta desde agosto de 2006, quando ela também estava em 14,25%.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.