IBGE: preço da passagem aérea cai 15,42% no mês, mas sobe 13,33% em um ano
Os preços das passagens aéreas registraram queda de 15,42% em março, na comparação com fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (10). A baixa acabou pesando na inflação do mês passado, que ficou em 0,09%, o menor nível para março desde a criação do Plano Real, em 1994.
Em um ano, porém, os preços das passagens aéreas saltaram 13,33%, de acordo com o IBGE.
Em junho do ano passado, as empresas começaram a cobrar despacho de bagagens com a promessa de que o preço das passagens cairia.
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A queda das passagens aéreas teve impacto negativo de 0,07 ponto percentual no índice de inflação em março. O grupo de transportes, no qual estão enquadradas as viagens de avião, registrou deflação de 0,25% no mês.
Para o IBGE, a redução nos preços dos bilhetes aéreos de fevereiro para março é natural por causa da volta às aulas, após aumentos nos meses de férias.
Inflação segue abaixo da meta do governo
No acumulado de 12 meses, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, ficou em 2,68%, abaixo do limite mínimo da meta do governo. Em 2018, a meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.
Caso a inflação termine o ano fora da margem de tolerância, o presidente do Banco Central precisa enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda justificando porque a meta não foi cumprida.
Foi o que fez no início deste ano o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, que enviou uma carta ao então ministro Henrique Meirelles dizendo que a meta não foi cumprida em 2017 devido à queda nos preços dos alimentos, após safras recordes. No ano passado, a inflação fechou em 2,95% e ficou abaixo do limite mínimo da meta do governo pela primeira vez na história.
Expectativa em 2018
A expectativa de analistas consultados pelo Banco Central é que a inflação termine 2018 em 3,53%, dentro do limite da meta deste ano.
Com o crescimento de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2017, o país começa a sair do buraco, após a economia encolher 3,5% tanto em 2016 quanto em 2015. Mas a recuperação é lenta e, segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a economia vai demorar pelo menos dois anos para chegar ao nível de antes da crise.
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