Dia sim, dia não: Petrobras mudou preço da gasolina 245 vezes em 14 meses
A Petrobras mudou a política de aumentos diários de combustíveis, mas, nos 14 meses em que essa fórmula durou, a estatal mudou o preço da gasolina em suas refinarias 245 vezes. Isso significa uma mudança em menos de dois dias (1,7 dia, já que o intervalo tem cerca de 420 dias). Das 245 mudanças, 137 foram altas e 108 foram reduções. No período, o litro da gasolina subiu 69,47% nas refinarias (os postos podem dar outros aumentos).
O último reajuste foi anunciado na terça-feira (4), levando o preço da gasolina a um novo recorde. O litro subiu em 1,68%, para os atuais R$ 2,207 por litro, depois de um mês praticamente inteiro de altas (foram 11 aumentos e quatro reduções em agosto). Os dados sobre a frequência de aumentos constam do site da Petrobras.
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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (6) que poderá segurar o preço por até 15 dias.
Petróleo, dólar e gasolina em alta
A política de mudança diária vigorava desde 3 de julho do ano passado. Dali para cá, o petróleo, que vinha em um tendência global de baixa, entrou numa trajetória resistente de alta, e a disparada do dólar a partir deste ano acentuou ainda mais o encarecimento dos valores do barril em reais.
Para se ter uma ideia, desde o começo de janeiro até agora, o preço do barril do petróleo tipo brent, uma das principais referências internacionais, já ficou cerca de 16% mais caro, enquanto o dólar subiu na casa dos 25% frente ao real.
Greve dos caminhoneiros e críticas
Os fortes aumentos repassados nos reajustes quase diários foram o principal estopim para a greve dos caminhoneiros que eclodiu em maio deste ano e paralisou rodovias e entregas de produtos em todo o país.
Os reajustes diários da petroleira estavam no centro das críticas dos motoristas autônomos em protesto.
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