Inflação desacelera a 0,57% em abril; em 12 meses, é de 4,94%, diz IBGE
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, foi de 0,57% em abril, após ficar em 0,75% em março. Essa é a maior inflação para o mês de abril desde 2016 (+0,61%).
No acumulado de 12 meses, o IPCA teve alta de 4,94%. O resultado está dentro do limite da meta do governo, de manter a inflação em 4,25% no ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, ou seja, pode variar entre 2,75% e 5,75%. As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Alta dos remédios pesa no bolso
O maior impacto no IPCA de abril foi do grupo saúde e cuidados pessoais (1,51%), puxado pelo aumento anual dos remédios, em vigor desde 31 de março. No mês passado, os medicamentos tiveram alta média de 2,25%.
Os preços de alimentação e bebidas (0,63%) e transportes (0,94%) também pesaram sobre a inflação. Juntos, esses três grupos responderam por 89,5% do índice do mês.
Segundo o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, os alimentos e os transportes já vinham se destacando nos últimos meses, e o cenário se repetiu em abril. A novidade do mês foi o grupo saúde e cuidados pessoais, que não tinha aparecido nos últimos meses. "Isso reflete o aumento anual dos medicamentos, que ocorre no final de março", afirmou.
Feijão cai, mas tomate sobe
Entre os alimentos, o preço do feijão-carioca caiu, enquanto o do tomate o da cebola ficaram mais altos. Veja a variação percentual nos preços de alguns alimentos em abril:
- feijão-carioca: -9,09%
- tomate: +28,64%
- cebola: +8,62%
- frango inteiro: +3,32%
- carnes: +0,46%
Gasolina puxa alta dos transportes
A alta de 0,94% nos preços do transporte foi puxada pelo aumento médio de 2,66% na gasolina vendida nos postos, segundo o IBGE. Veja as variações:
- passagem aérea: +5,32%
- gasolina: +2,66%
- ônibus urbano: +0,74%
- ônibus intermunicipal: +0,18%
Juros x inflação
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária do BC decidiu manter a taxa de juros em 6,5% ao ano, menor nível da história (o Copom foi criado em 1996).
A inflação oficial de 2018 foi de 3,75%, dentro da meta do governo. Para 2019, economistas consultados pelo Banco Central estimam inflação de 4,04%.
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