Prazo para reservar ação do Banco do Brasil com desconto acaba nesta quarta
Resumo da notícia
- Quem quiser comprar ações que BB vai colocar à venda deve fazer reserva até esta 4ª feira
- BB vai vender ações que estão em tesouraria e papéis que pertencem a fundo do FGTS
- Negócio vale a pena dependendo do desconto que BB oferecer, dizem especialistas
- Ação começa a circular dia 21 de outubro, mas quem comprar os papéis nessa oferta só pode revender após 6 de dezembro
Acaba nesta quarta-feira (16) o prazo de reserva para comprar ações do Banco do Brasil com desconto, em uma operação chamada oferta secundária. Especialistas de mercado dizem que o investidor deve ficar atento ao desconto que será oferecido para avaliar se vale ou não entrar no negócio.
O Banco do Brasil já tem ações em Bolsa. Mas o banco decidiu colocar à venda outras ações que estavam paradas. São 64 milhões de papéis que estavam na tesouraria da instituição e mais 68,5 milhões que hoje pertencem ao FI-FGTS. Isso representa apenas 4,6% de todas as ações do BB. O governo continuará sendo o dono do banco, com 50,7% das ações ordinárias.
"Como já existem ações do Banco do Brasil negociadas na Bolsa, esse negócio só faz sentido se o desconto valer a pena", afirma o fundador do portal de investimento Dinheirama e sócio da Diin, fintech de microinvestimento, Conrado Navarro.
O problema é que o Banco do Brasil só vai informar o preço dessa oferta na quinta-feira (17), após encerrado o período de reserva. Na terça-feira, a ação do BB estava valendo R$ 44,38. Por isso, dizem os especialistas, é preciso muita cautela e levar em conta outras informações antes de entrar no negócio. Se avaliar que não vale comprar, o investidor pode desistir da reserva. Não há nenhuma multa ou punição nesse caso.
Ação não pode ser revendida até 6 de dezembro
Segundo Navarro, além do desconto, outro fator que deve ser pesado é o tempo que o investidor terá que ficar com o papel guardado sem poder revender a ação. "Para evitar que o investidor compre a ação com desconto e já revenda o papel no mesmo dia, para ter um lucro imediato, existem algumas barreiras, e o investidor deve estar atento a isso", afirma Navarro.
Nesse caso da oferta do Banco do Brasil, quem comprar essa ação terá que ficar com ela até o dia 6 de dezembro.
Pode render, mas precisa ter sobras
"Se o investidor não tem nenhuma reserva de capital, é melhor não arriscar. Se acontecer um imprevisto, e a pessoa precisar do dinheiro não poderá vender a ação por 45 dias", diz o fundador e presidente do comparador de investimentos Yubb, Bernardo Pascowitch.
Segundo ele, há motivos para o investidor buscar opções de investimento na Bolsa. "A taxa básica de juros está baixa, em 5,5% ao ano, e por isso a Renda Fixa não rende como antigamente. Então experimentar opções na renda variável", afirma Pascowitch.
Ele afirma, entretanto, que o investidor deve levar em conta outras informações. A situação do setor bancário, por exemplo, e os números do Banco do Brasil.
Em 2018, o BB teve lucro líquido de R$ 12,8 bilhões, um ganho 16,7% maior que o de 2017. "Mas é preciso lembrar que a concorrência está aumentando no setor bancário. Se no passado ter uma grande agências bancárias em todo o país era um grande diferencial, hoje em dia isso não pesa tanto", afirma o especialista Pascowitch.
Como comprar as ações
O investidor que pesou todos os prós e contras e optou por entrar no negócio pode comprar as ações do Banco do Brasil de duas formas.
Por meio de uma das mais de 40 corretoras que estão recebendo as reservas e intermediando a compra dos papéis. Nesse caso, a aplicação mínima é de R$ 3.000. E é preciso abrir uma conta numa dessas corretoras.
A outra forma é entrar num dos fundos administrados pelo Banco do Brasil e pela Caixa. Aqui, a aplicação mínima é de R$ 100. Nesse caso, é preciso ficar atento à taxa de administração cobrada pelos bancos, de 1,5%.
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