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Dólar emenda 2ª queda, a R$ 5,359, menor valor em quase um mês; Bolsa cai

Do UOL, em São Paulo

02/09/2020 17h10

O dólar comercial emendou a segunda queda e terminou a sessão de hoje (2) em baixa de 0,49%, cotado a R$ 5,359 na venda. É o menor valor de fechamento em quase um mês, desde 6 de agosto (R$ 5,343).

Ontem (1) a moeda norte-americana tinha se desvalorizado 1,75%, negociado por R$ 5,385.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em queda de 0,25%, a 101.911,13 pontos. Ontem (1) o índice fechou com valorização de 2,82%, a 102.167,648 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Emprego nos EUA

Dados divulgados hoje mostraram que a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos ficou abaixo do esperado em agosto, em 428 mil.

"Nos EUA, é bom ficar de olho numa nova rodada de negociações de estímulo. O ADP [relatório de emprego] mostra a necessidade de se encontrar um denominador comum entre republicanos e democratas de forma a acelerar a economia e estimular a recuperação do mercado de trabalho", disse Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos. Para ele, se um novo pacote fiscal for alcançado, os mercados possivelmente apresentarão uma nova onda de otimismo.

Em agosto, a Casa Branca e parlamentares norte-americanos debateram a renovação de um pacote de auxílio econômico de combate às consequências do coronavírus, mas divergências sobre o valor do estímulo e termos sobre o financiamento eleitoral frustraram as expectativas de um acordo.

Atenção às reformas

Enquanto isso, no cenário local, o foco continuava nos sinais do governo de que dará continuidade à agenda de reformas e de equilíbrio fiscal, questões que estiveram rodeadas de incertezas nas últimas semanas.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na véspera que o texto da reforma administrativa será enviado ao Congresso amanhã, depois de sucessivos adiamentos e muita resistência por parte do próprio presidente.

Além disso, na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes fez discurso em que citou expectativas de uma retomada econômica e discutiu a agenda de reformas, fornecendo alívio aos ativos brasileiros.

Em nota, a Infinity Asset disse que, "apesar de [Guedes] dizer o que o mercado gosta de ouvir, os investidores já cobram a realidade dos fatos, a qual é muitas vezes interpelada pela realidade das travas políticas. Portanto, por mais alinhado com o mercado que esteja o discurso de Guedes, ele precisa se converter em realidade."

Também repercutiu positivamente a aprovação pela Câmara dos Deputados de novo marco regulatório do setor de gás natural no Brasil, que deve reduzir a burocracia para investimentos em novos gasodutos e aumentar a competição no setor.

*Com Reuters