Ações do Twitter despencam após Musk suspender compra da rede social
As ações do Twitter começaram a cair na pré-abertura da Bolsa de Valores de Nova York, após o bilionário Elon Musk, CEO da Tesla, anunciar hoje pela manhã que o acordo de compra da rede social passou a ficar "temporariamente suspenso".
Às 9h55 (horário de Brasília), as ações do Twitter sofriam um tombo de 12% na pré-abertura, passando a ser negociadas pouco abaixo de US$ 40 (R$ 205,50), valor menor que os US$ 54,20 (R$ 264,50, na época) por ação oferecidos por Musk na proposta de compra da rede social.
"O acordo do Twitter está temporariamente suspenso, à espera de detalhes que sustentem o cálculo de que contas falsas e de spam representam de fato menos de 5% dos usuários", afirmou Musk, via Twitter.
No final do mês passado, Musk fechou um acordo para adquirir o Twitter, numa transação avaliada em US$ 44 bilhões (R$ 214,7 bilhões, na época), valor acima do mercado da plataforma.
Semanas antes, o bilionário já havia adquirido 9,2% das ações da empresa, tornando-se o maior acionista do Twitter. O anúncio de compra total da plataforma veio dias após ele ter tuitado sobre um projeto de criar uma rede social sem algoritmos e que valorizasse a liberdade de expressão.
Publicamente, Musk já tinha sinalizado mudanças que pretendia fazer, como dono, no Twitter, sendo algumas delas:
- o afrouxamento de mecanismos de moderação;
- a abertura do algoritmo da plataforma;
- a redução da atuação de bots e perfis automatizados;
- e o aumento da possibilidade de monetização de conteúdos na rede.
Musk também já indicou a possibilidade de que perfis empresariais e governamentais tenham que pagar uma "pequena" taxa para manter contas no Twitter. Os valores não foram revelados. Para usuários comuns, a rede seguiria gratuita.
Na semana passada, o jornal norte-americano The New York Times teve acesso a uma apresentação feita pelo bilionário a investidores, em que ele prometia trazer 931 milhões de novos usuários para o Twitter até 2028, quintuplicando as receitas da plataforma.
* Com informações da Estadão Conteúdo
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