Abrir franquia de spa urbano custa a partir de R$ 95 mil; veja opções

Os spas urbanos, que oferecem serviços de bem-estar e de beleza de curta duração, vem atraindo o público que não quer sair da cidade para se cuidar, segundo especialistas. 

De acordo com dados da ABC Spas (Associação Brasileira de Clínicas e Spas), o segmento de spas movimentou R$ 370 milhões em 2012. Os estabelecimentos urbanos são responsáveis por 75% deste faturamento. A expectativa para 2013 é de crescimento entre 15% e 20% sobre o ano anterior.

“A vantagem dos spas urbanos é a comodidade de estarem no trajeto entre a casa e o trabalho do cliente. É um serviço que cresce também devido ao aumento da preocupação das pessoas com qualidade de vida”, declara o diretor de marketing da ABC Spas, Antonio Novaes.

No setor de franquias, o investimento para abrir um spa pode variar de R$ 95 mil a R$ 440 mil, dependendo do tamanho e dos serviços oferecidos.

Entre as opções de investimento estão marcas como: Buddha Spa, Kalmma Spa, Pró Corpo, Spa da Pele, Spé e Viva Spa Tecnológico. O faturamento bruto mensal vai de R$ 15 mil a R$ 150 mil, com margem de lucro líquido entre 14% e 25%.

“Por serem prestadores de serviços, os spas não precisam formar estoque e não sofrem com encalhe de mercadorias, o que eleva a margem de lucro do franqueado”, diz o diretor da consultoria Francap, André Friedheim.

Segundo o consultor, a procura por serviços segmentados nas áreas de beleza, saúde e estética está em crescimento no país devido à elevação de renda da população.

“Hoje, as pessoas têm mais condições de pagar por este serviço do que tinham há dez anos. Além disso, os spas estão mais próximos do cliente, dentro de shoppings e até de academias de ginástica”, afirma.

Tratamentos faciais, como rejuvenescimento, custam a partir de R$ 60. Já massagens relaxantes, como shiatsu, podem variar de R$ 75 a R$ 200, dependendo do tempo de sessão.

Arquitetura e decoração encarecem investimento

Os custos com arquitetura e decoração encarecem o investimento em uma unidade franqueada, segundo Friedheim. “O spa é um local de relaxamento. O ambiente como um todo precisa ser aconchegante”, diz.

Outra preocupação é em relação ao ponto comercial. O mais indicado, de acordo com o consultor, é se instalar em bairros residenciais de classes A e B, maiores consumidores deste serviço.

“Sem um ponto comercial adequado, o negócio pode não atingir o faturamento bruto e o lucro líquido indicados pelo franqueador”, afirma.

De acordo com Friedheim, o custo com aluguel em um bairro nobre pode ser de 20% a 50% mais caro que em uma região de classe média.

"O aluguel de um espaço com 200 metros quadrados num bairro nobre de São Paulo, como os Jardins, pode custar R$ 15 mil. O mesmo imóvel em Itaquera, por exemplo, pode ter aluguel de R$ 10 mil", declara.

Ambiente precisa transmitir conforto

Embora a matriz franqueadora ofereça suporte na instalação de uma unidade franqueada, a sócia da consultoria Spa & Cia, Gizelle Monteiro, diz que o empreendedor deve ter cuidado para não cometer erros na ambientação do spa.

Nas salas com banheiras e tratamentos com água, o piso deve suportar a umidade, de acordo com a consultora. Além disso, as paredes podem ser revestidas com pedras e cores calmas, como bege e verde claro.

“O ambiente tem de transmitir conforto e explorar todos os sentidos do visitante. Paredes roxas ou vermelhas, por exemplo, podem deixar o cliente mais tenso”, afirma.

Monteiro diz, ainda, que empresas do setor enfrentam dificuldades para encontrar profissionais habilidosos, como massoterapeutas e esteticistas. “Equipes sem treinamento adequado são o ‘calcanhar de Aquiles’ de muitos spas.”