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Franquia de artigos infantis custa a partir de R$ 14,9 mil; veja negócio

Sergio Kapustan

Do UOL, em São Paulo (SP)

11/09/2013 06h00

Calçados, roupas, brinquedos e lazer são algumas opções de franquia de artigos infantis. O investimento exigido para abrir um negócio na área vai de R$ 14,9 mil a R$ 1,4 milhão, com prazo de retorno de 12 meses até 48 meses. O faturamento médio mensal fica entra  R$ 3.360 e R$ 252 mil.

De acordo com a ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor de franquias faturou, em 2012, R$ 103,2 bi (aumento de 16,2% em relação a 2011).

Com investimento menor, a Mr. Kids e a Mãos de Cera são duas redes que oferecem oportunidade na área. A Mr. Kids é especializada em produtos vendidos em máquinas, como chicletes e balas.

O capital exigido para abrir uma loja da rede é de R$ 14,9 mil. O faturamento mensal das lojas é de R$ 3.360, com margem de lucro de R$ 1.300 a R$ 1.600. O prazo de retorno do investimento é de 12 meses a 14 meses.

Não precisa de ponto fixo para ter um estande da rede e as máquinas são instaladas em pontos comerciais em forma de comodato, ou seja, sem nenhum custo para o estabelecimento onde será instalada.

Os franqueados da Mãos de Cera atuam mais em shoppings e em eventos corporativos. O investimento inicial é de R$ 55 mil. Por mês, a franquia fatura cerca de R$ 14 mil e o lucro médio mensal é de R$ 4.200. O prazo de retorno é de 12 meses.

Na Puket, franquia de meias e acessórios, o capital inicial é de R$ 350 mil, com prazo do retorno de  24 meses a 36 meses. O faturamento mensal é de R$ 85 mil e o lucro é de R$ 8.500 a R$ 10,2 mil.

No setor de calçados e roupas, as principais marcas estão nas regiões Sul e Sudeste. O investimento inicial é de R$ 345 mil até R$ 550 mil.

Entre as franquias de calçados, marcas conhecida como Bibi, Caverna do Dino e Magic Feet, faturam por mês de R$ 70 mil a R$ 125 mil, com margem de lucro de R$ 8.400 a R$ 16,2 mil e prazo de retorno de 30 meses a 40 meses.

As lojas de brinquedos oferecem três marcas para quem quer abrir um negócio na área – Ri Happy, PB Kids e Zastras Brinquedos –, com faturamento mensal  de R$ 60 mil a R$ 250 mi.

O investimento inicial é de R$ 279,5 mil a R$ 1 milhão, com lucro de R$ 6 mil a R$ 25 mil.

O prazo de retorno é de 24 meses a 48 meses.

Na parte de entretenimento, as opções são variadas. Clube da Criança e Casa X  são marcas especializadas em diversão e entretenimento, com faturamento médio mensal de R$ 80 mil a R$ 428 mil.  

O Clube da Criança exige investimento inicial de R$ 220 mil com lucro médio de R$ 24 mil e prazo do retorno do investimento de 12 meses a 24 meses.

A empresa informa que é uma opção de negócio para atuar em shopping center, pois dispõe de diversos brinquedos, como piscinas de bola, pula-pula e até um palco para shows.

 A Casa X é uma parceria do empresário José Carlos Semenzato com a apresentadora Xuxa. O investimento é de R$ 1,4 milhão, com lucro de R$ 29 mil  a R$ 77 mil, com prazo de retorno de 21 a 24 meses.

Já a rede Cata-Vento oferece franquia de bufê e diversão. A rede exige um investimento de R$ 482 mil e estima um faturamento médio mensal de R$ 80 mil a R$ 250 mil.

O lucro médio mensal é de R$ 24 mil a R$ 75 mil e o prazo de retorno do investimento de 24 meses a 36 meses.

Estão inclusos itens como brinquedos de grande porte, como Barco Vicking e La Bamba, games e equipamentos de cozinha e utensílios.

Novos mercados

Para Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, o mercado de infantil no Brasil está em alta e três regiões são grandes potenciais de novos mercados: Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Roupas e calçados são boas opções pois, segundo ele, as marcas que oferecem franquias estão consolidadas no mercado. Já o mercado varejista nessas regiões não é diversificado. De modo geral, as lojas são de origem familiar.

"Há uma demanda por produtos especializados nessas regiões. Cabe ao empreendedor buscar esses novos mercados", diz ele.

Capital de giro é preocupação

De acordo com Batista Gigliotti, coordenador de franquias do centro de empreendedorismo e novos negócios da escola de administração de empresas da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas), como o prazo de retorno do investimento é de um a quatro ano anos, é preciso planejar o empreendimento.

Gigliotti cita como exemplo o setor de brinquedos, em que o primeiro semestre de vendas é mais fraco e o segundo é mais forte. O Dia da Criança e o Natal puxam as vendas.  "Por isso é importante planejar o negócio.

O capital de giro cobre o buraco da falta de dinheiro quando as vendas estão fracas", afirma Gigliotti.