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Eles fazem guia de Darth Vader para cães, têm lojas nos EUA e 22 franquias

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/04/2018 04h00

Donos da Zee.Dog desde 2012, os sócios Thadeu e Felipe Diz, 34, e Rodrigo Monteiro, 34, conseguiram transformar acessórios para cachorro em produtos “de moda”, como coleiras, guias com amortecedor, peitorais e gravatas do Darth Vader e da princesa Leia, ambos personagens de Star Wars.

A empresa tem uma loja física em Ipanema (no Rio de Janeiro) e duas nos Estados Unidos, além de 22 franquias no Brasil.

A guia (acessório que é preso à coleira ou ao peitoral do pet) com amortecedor tem uma tecnologia de amortecimento que absorve a força da puxada do cachorro, diz a empresa, e vem com um revestimento de neoprene na parte de dentro da alça, para dar mais conforto para quem a segura. O peitoral é um acessório colocado no dorso do animal recobrindo o peito.

A ideia de abrir a Zee.Dog surgiu em Los Angeles, quando os irmãos gêmeos Thadeu e Felipe perceberam que não havia acessórios para pets “com design diferente e estampas com personalidade”, no mercado de lá. Eles tinham acabado de adotar seus dois cachorros (Zeca e Lico).

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“Se você tem um cachorro, conhece a sensação de entrar em um pet shop e ver produtos genéricos pendurados nas prateleiras. Sem vida, totalmente sem graça. Foi decepcionante”, afirma Thadeu.

Para ele, acessórios de cachorro nunca foram vendidos ou usados como produtos de expressão. “Queríamos produtos que demonstrassem uma extensão do nosso estilo de vida assim como o sapato e a calça jeans que usamos e o relógio no nosso pulso”, declara.

Segundo ele, a Zee.Dog nasceu dessa necessidade. “A gente faz as coisas de um jeito diferente. Acompanha as tendências e cria produtos pet com uma compreensão mais fundamental do que as pessoas querem”, diz ele, que não revela o investimento inicial da empresa.

O faturamento e o lucro do ano passado também não foram divulgados. Segundo os sócios, são dados confidenciais.

Gravata custa a partir de R$ 24

A Zee.Dog vende desde peitorais, coleiras, gravatas, guias, acessórios para pets até brinquedos, camas, comedouros e tapete higiênico para cachorros.

Usamos a criatividade para lançar produtos diferentes e que possam trazer mais conforto e segurança para o dono e seu cachorro. Nós acreditamos no poder da conexão de um cachorro e seu dono e queremos reforçar ainda mais essa conexão.

Thadeu Diz, um dos sócios da empresa

Com estampas exclusivas, a gravata para cachorro é o produto mais barato (a partir de R$ 24) e pode ser usada também como laço. O produto mais caro é a cama para cachorro Zee.Bed (R$ 289 a pequena e R$ 389 a grande), que vem dentro de uma caixinha.

Guias para cachorro são os itens mais vendidos na Zee.Dog. Custam de R$ 69 a R$ 89. A estampa que mais sai é “mahalo”, que combina zig-zag e flores de hibisco.

A Zee.Dog vende por meio de e-commerce, de três lojas próprias (Rio de Janeiro, Nova York e Las Vegas) e de 22 franquias espalhadas pelo Brasil. Além disso, os produtos estão disponíveis em pet shops em 25 países.

No ano passado, São Paulo concentrou 32% das vendas, seguido do Rio de Janeiro, com 23%.

Confira dos dados da franquia, fornecidos pela empresa:

  • Investimento inicial: R$ 130 mil (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro)
  • Faturamento médio mensal: não é informado pela empresa
  • Lucro médio mensal: não é informado pela empresa
  • Retorno do investimento: de 12 meses a 16 meses

Empresa deve diversificar seus produtos, diz consultor

Ricardo Calil, consultor do Sebrae-SP, diz que a empresa aposta num segmento “em crescente evolução”.

Cada vez mais, o processo de humanização dos animais vem acontecendo muito forte no Brasil, e o mercado fica mais aquecido. Hoje os pets são membros da família. As pessoas começam a dar aos animais a mesma qualidade que dariam a seus próprios filhos.

Ricardo Calil, consultor do Sebrae-SP

Para ele, a Zee.Dog atua equiparando o mercado humano com o mercado animal. “O que é bom para mim, passa a ser bom para o meu cachorro. A empresa acompanha a tendência do mercado. A experiência que os sócios tiverem nos EUA deu a visão real do mercado para eles”, declara.

Calil diz, no entanto, que a empresa deve sempre inovar. “Talvez fazer parcerias com outras marcas para ter mais opções de produtos seja uma boa solução”, afirma.

Segundo o consultor, apesar de o segmento pet estar em alta, num momento de crise, o consumidor corta antes o que pode ser considerado como supérfluo, como os acessórios por exemplo, o carro-chefe da Zee.Dog.

“O pet food (alimentos) é essencial. Depois, vem o banho e tosa. Esses dois são os últimos a serem cortados no momento de crise. Já o setor de pet care (acessórios e brinquedos) são os mais vulneráveis”, relata.

Onde encontrar:

Zee.Dog - www.zeedog.com.br

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