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Grandes redes de franquia abrem novos modelos de negócio para driblar crise

A rede O Boticário manteve-se no 1º lugar da lista da ABF - Divulgação
A rede O Boticário manteve-se no 1º lugar da lista da ABF Imagem: Divulgação

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/03/2019 04h00

Com a crise econômica, grandes redes de franquia do país têm investido em novos formatos de negócio, como quiosques e home based, para driblar os altos custos e atrair novos franqueados, principalmente em cidades do interior.

A participação desses novos formatos passou de 9% para 12%, enquanto a das lojas tradicionais diminuiu de 91% para 88%, de acordo com o estudo "Perfil das 50 Maiores Redes de Franquias no Brasil", da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Entre as 50 maiores redes de 2018 listadas pela ABF, por exemplo, a Cacau Show tem investido em quiosques; a Acqio e a Clube Turismo, no modelo home based. A ABF diz que esse movimento está associado também à "questão do omnichannel [integração dos canais de comunicação e venda] e e-commerce [comércio eletrônico], de forma a atender a esses novos hábitos do consumidor".

Quais são as maiores redes?

O estudo listou as 50 maiores empresas do país. As cinco primeiras posições foram ocupadas por O Boticário, AM PM Mini Market, McDonald's, Cacau Show e Subway. Para figurar entre as 50 maiores redes de 2018, as empresas deveriam ter, no mínimo, 300 unidades em operação (8% a mais do que na edição de 2017)

Veja a lista das dez maiores marcas de franquia:

  1. O Boticário: 3.724 unidades
  2. AM PM Mini Market: 2.493 unidades
  3. McDonald's: 2.289 unidades
  4. Cacau Show: 2.232 unidades
  5. Subway: 2.094 operações
  6. Jet Oil: 1.772 unidades
  7. Kumon: 1.488 unidades
  8. CVC Brasil: 1.279 unidades
  9. Wizard by Pearson: 1.250 unidades
  10. BR Mania: 1.231 unidades

Veja a lista completa no site da ABF.

Em sua terceira edição, o estudo "Perfil das 50 Maiores Redes de Franquias no Brasil" é feito exclusivamente com marcas associadas e a partir das informações disponibilizadas pelas próprias redes no banco de dados da ABF. As informações foram coletadas até 28 de dezembro de 2018.

Faturamento tem alta de 7,1%

Segundo a pesquisa, o faturamento do setor em 2018 cresceu 7,1% em relação ao ano anterior. A receita total saltou de R$ 163,3 bilhões para R$ 174,8 bilhões no período. O setor emprega cerca de 1,3 milhão de pessoas.

"O mercado de franquias cresce ano após ano, mesmo nos períodos de crise, por algumas razões principais: as franquias integram redes, e essas redes continuam investindo em inovação, tecnologia, novos formatos de negócios, produtos e serviços", afirmou André Friedheim, presidente da ABF.

Segundo o balanço da ABF, dos 11 segmentos identificados, o que mais cresceu no faturamento foi o de Entretenimento e Lazer (12,7% comparado a 2017), seguido de Hotelaria e Turismo (12,3%).

Entre as microfranquias (negócios com investimento inicial de até R$ 90 mil), houve um crescimento de 8% de 2017 para 2018: passou de 545 marcas para 589. Segundo a ABF, os números envolvem redes puras (que têm somente operações com investimento inicial de até R$ 90 mil) e redes mistas (redes que têm negócios tradicionais e microfranquias).

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