Quais são os investimentos mais seguros, e quanto rendem R$ 1.000 em um ano
Agora que a taxa básica de juros, a Selic, está em queda, a tendência é que os investimentos mais seguros passem a render cada vez menos.
Sendo assim, entre as opções de baixo risco, quais são as mais rentáveis? Veja abaixo.
CDB, LCA e LCI: os investimentos seguros mais rentáveis
Entre todos os investimentos que podem ser classificados como de baixo risco, os mais rentáveis são três: o CDB, a LCA e a LCI, principalmente aqueles emitidos por bancos médios ou pequenos.
Esses três ativos rendem muito mais que a poupança. Algumas vezes, quase o dobro. Alguns ainda superam o Tesouro Direto. O Tesouro não rende tanto porque é o investimento mais seguro que existe no Brasil. O CDI, um índice que define o rendimento de muitas aplicações, rende pouco menos que a Selic.
No entanto, o CDB, a LCA e a LCI também são muito seguros porque contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Se o banco que emitiu um determinado CDB, LCA ou LCI quebrar, o FGC paga aos investidores o que for do direito deles, até o limite de R$ 250 mil.
Existem também outros três tipos de investimento que contam com a proteção do FGC: a LC (letra de câmbio), a LH (letra hipotecária) e o RDB (recibo de depósito bancário). No entanto, esses não são muito comuns, por isso vou me ater aos três primeiros nesta coluna.
Quanto rendem esses investimentos?
A rentabilidade desses investimentos varia de acordo com o prazo e com o tipo de indexador. Para facilitar para você, fiz uma pesquisa separando por prazo.
Curto prazo (liquidez diária):
- Entre os investimentos com liquidez diária, ou seja, que podem ser resgatados a qualquer momento sem chance de prejuízo, o mais rentável que encontrei foi um CDB do banco PINE disponível na corretora desse mesmo grupo financeiro. Sua rentabilidade é de 112% do CDI.
- O ganho desse investimento vai variar de acordo com a taxa básica de juros, a Selic. Se a Selic ficar em cerca de 10% nos próximos 12 meses, por exemplo, um investimento de R$ 1.000 nesse CDB renderia R$ 91 em um ano, ou seja, 9,1%, já descontado o Imposto de Renda. Essa simulação para a Selic está próxima do que espera o mercado.
- O segundo investimento de baixo risco mais rentável que encontrei, entre os com liquidez diária, foi um CDB do Banco Sofisa, distribuído pela corretora de mesmo nome, com uma rentabilidade de 110% do CDI. Um investimento de R$ 1.000 renderia R$ 90 no mesmo cenário.
Médio prazo (um ano)
Com prazo de um ano, temos que dividir os investimentos entre prefixados (cuja rentabilidade exata você conhece antes de investir), pós-fixados (que rendem uma porcentagem do CDI) e indexados à inflação (que rendem a inflação mais uma taxa de juros).
- Entre os prefixados, o mais rentável que encontrei foi um CDB do Banco BMG, distribuído pela corretora Rico, a uma taxa de 14,7% ao ano. Sendo assim, um investimento de R$ 1.000 renderá R$ 121 em um ano.
- Entre os pós-fixados, a Nu Invest está com CDBs de diversos bancos a uma taxa de 120% do CDI com prazo de um ano. Um investimento de R$ 1.000 renderia R$ 98 em um ano, considerando que a Selic fique em 10% no período.
- Já entre os indexados à inflação, um CDB do banco BMG está com uma taxa de IPCA mais 10% ao ano. Na prática, isso significa que se a inflação ficar em 5%, um investimento de R$ 1.000 renderia R$ 119.
Longo prazo (cinco anos)
- Com prazo longo, de cinco anos, existe um CDB prefixado do Banco Master disponível nas corretoras Rico e XP com rentabilidade de 14,5% ao ano. Isso daria um retorno de R$ 123 no primeiro ano e de R$ 788 nos cinco anos.
- Entre os pós-fixados de cinco anos, há na Nu Invest CBDs de diversos bancos com taxa de 125% do CDI. Considerando que a taxa Selic fique em 10% ao ano, em média, um investimento de R$ 1.000 daria um retorno líquido de R$ 105 no primeiro ano e de R$ 649.
- Já entre os indexados à inflação, um CDB do Banco Master distribuído pela Rico rende IPCA mais 7,8%, com prazo de cinco anos. Um investimento de R$ 1.000 renderia R$ 103 no primeiro ano e R$ 632 nos cinco anos.
Todos os cálculos desta coluna já descontam o Imposto de Renda.
Alguma dúvida?
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Reportagem
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