Essas ações podem até triplicar de valor em um ano, mas risco é alto
Imagine investir agora R$ 1.000 em uma ação e resgatar, daqui um ano, R$ 3.700? Parece bem tentador. Já outras ações podem dobrar de valor no próximo ano.
Ações que podem render tanto assim em 12 meses existem e são de grandes empresas. Mas o potencial de valorização não é a única coisa que que conta na hora de escolher um ativo.
Grandes potenciais carregam altas incertezas. Existe um risco muito alto de perder dinheiro se o cenário precisto não se concretizar, explica Thiago Tavares, da Lumi Research. Por isso, além do chamado "upside" - o percentual de possível valorização da ação - é preciso observar quais os riscos envolvidos para que a ação realmente entregue o potencial esperado.
Quais são as ações que mais podem se valorizar?
Veja as ações que mais podem subir nos próximos 12 meses. A pedido do UOL, a plataforma Investing.com, que oferece dados em tempo real, pesquisou quais são as ações com o maior retorno projetado para os próximos 12 meses, com base numa média dos potenciais calculados pela maior parte das casas de análise, corretoras e bancos do mercado. Algumas casas de análise projetam lucros até maiores para essas empresas, enquanto outras são mais conservadoras. Confira:
- Pão de Açúcar (PCAR3) 271%
- Méliuz (CASH3) 113%
- CVC Brasil (CVCB3) 103%
- 3R Petroleum (RRRP3) 85,2%
- Grupo Soma (SOMA3) 84,1%
- Petz (PETZ3 4) 68,9%
- Raízen (RAIZ4) 57%
- Cielo (CIEL3) 55,8%
- Braskem (BRKM5) 55,4%
- Azul (AZUL4) 53,6%
Fonte: Investing.com, para os próximos 12 meses
E vale investir nessas ações?
Pão de Açúcar - Para a XP, o potencial de valorização dessa ação é até mais alto: 304,04%, com preço alvo em R$ 20 (o valor atual é R$4,95). Mas a recomendação da corretora é neutra, não comprar nem vender. A corretora vê riscos de execução no plano de expansão da empresa. "A governança do Pão de Açúcar não tem tomado boas decisões", diz Leandro Petrokas, diretor da Quantzed.
Méliuz - A startup faz a gestão de cashback, um dinheiro que o consumidor recebe de volta ao fazer uma compra. Ela saiu do Ibovespa recentemente, e a ação está em queda. Mas fez recentemente uma parceria com o banco BV. Por conta dessa parceria, o BTG recomenda a compra. "Nosso cenário base é de que a BV exerça a opção e compre toda a empresa. Mas provavelmente ela ainda quer esperar para ver se a parceria dá certo", publicou o banco, que estipula preço alvo de R$ 17,50 para o papel e recomenda compra (o valor atual é R$ 6,60).
CVC - A ação valorizou depois da recuperação judicial da 123milhas, no final de agosto. "Em um mercado como esse, tão competitivo, o nome conta muito", diz Tavares, da Lumi. A CVC tem um nome confiável, mas acumula prejuízos há 12 trimestres seguidos. Por isso a recomendação geral é não comprar, nem vender a ação que vale R$ 2,58.
3R Petroleum - A 3R viu o lucro mais que dobrar no segundo trimestre do ano. Mas o custo de extração de petróleo teve alta de 72,6% em relação ao ano passado. "A 3R é uma tese de investimento mais arriscada, que acreditamos estar com um bom momento de entrada", diz Tavares.O preço do papel é de R$ 32,85.
Grupo Soma - A XP acredita que a empresa, que tem marcas como Hering, Dzarm, Maria Filó, Animale e Farm, pode ganhar no mercado de moda de luxo. Isso porque ela é uma empresa aspiracional, ou seja, as pessoas desejam os produtos de suas marcas, publicou a corretora. Para a XP, a ação pode chegar a R$ 14, um potencial de alta de 85% sobre o valor atua de R$ 7,57, e recomenda compra.
Petz - Segundo a Genial, a rede de petshops está com um plano de expansão agressivo, abrindo 30 lojas novas por ano. Para a plataforma de investimentos, a ação tem um preço alvo de R$ 8,00, o que renderia uma alta de 45,99%, e ela recomenda compra. A ação que vale R$ 5,71 (no fechamento de segunda-feira, 04).
Raízen - A alta da ação, segundo Petrokas, está nos investimentos em energias renováveis que a empresa tem feito. No entanto, é bom ficar atento: o endividamento da companhia está alto. O BTG acha que a ação tem potencial para chegar a R$ 8 em 12 meses, e recomenda compra. O valor do papel é de R$ 3,60.
Cielo - Risco está nas mudanças do mercado. "O mercado para meios de pagamento já mudou muito com o Pix e pode encolher com o DREX, a a moeda digital oficial do Banco Central do Brasil", diz o especialista. A Genial acha que é melhor não comprar, nem vender o ativo que atualmente custa R$ 3,81.
Braskem - A fabricante de resinas plásticas teve queda de 45% no prejuízo no segundo trimestre, em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Mas, como alerta o Banco Safra, a empresa tem problemas operacionais nas fábricas que podem afetar negativamente os níveis de produção. O banco tem recomendação neutra. O valor atual é de R$ 22,57.
Azul - O problema das companhias aéreas, segundo Petrokas, é que elas têm uma alta despesa com combustíveis. Quando o petróleo fica mais caro, nem sempre as aéreas conseguem vender passagens aéreas mais caras. Por isso, elas estão sempre com as margens apertadas. A recomendação geral é neutra para o ativo que custa atualmente R$ 14,81.
Aulão: Como se aposentar sem depender do INSS
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