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Reinaldo Polito

O Brasil vai ser um país bem melhor

O Brasil que dá certo - Getty Images/iStockphoto
O Brasil que dá certo Imagem: Getty Images/iStockphoto

Antes de tudo, a coerência; ser coerente sempre, sempre.
André Rebouças

O mundo atravessou uma das maiores pandemias de que se tem notícia. Foram dois anos de dúvidas e desalentos. Muitas pessoas perderam a vida. Empresas quebraram. Empregos foram destruídos. Famílias empobreceram. O Planeta virou de pernas para o ar.

Ninguém tinha certeza do dia de amanhã. No início seriam apenas uns poucos dias. Depois a história mudou para alguns meses. E assim foram dois longos anos. Descobrimos que mais de 30 milhões de brasileiros trabalham na informalidade. Esses foram os mais prejudicados, pois precisavam trabalhar durante o dia para comprar o jantar.

Desgraça pouca é besteira

Quando tudo parecia se acalmar, veio o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Mais problemas para o mundo. Crise no abastecimento de energia, aumento generalizado nos preços, especialmente dos combustíveis e de alguns alimentos. O bolso da população ficou pequeno. O carrinho de compras voltava cada vez mais vazio. Em alguns países, totalmente vazio, já que as prateleiras ficaram desabastecidas.

Era preciso consertar o avião em pleno voo. Por mais habilidosos que fossem os mecânicos responsáveis pelos remendos, entretanto, estavam enfrentando estragos nunca vistos. Seria preciso aprender fazendo. E com a responsabilidade de preservar a vida dos passageiros.

Divergências políticas

As opiniões foram contaminadas pela ideologia. Os especialistas eram pinçados de acordo com as conveniências de quem os selecionava. Havia aqueles que concordavam com as posições defendidas pelos governos de turno, enquanto outros, com a mesma respeitabilidade, se mostravam contrários a esses pensamentos. E a população no meio, sem saber como se comportar.

Surgiam a cada dia incontáveis incoerências. Enquanto alguns detentores do poder exigiam sacrifícios do povo, como, por exemplo, que ficassem em casa sem a possibilidade de ganhar o pão nosso de cada dia, esses mesmos mandantes eram vistos em viagens de férias, ou promovendo festas a bordo de piscinas, ou em convés de luxuosos barcos. Esse foi um dos motivos da queda do primeiro-ministro conservador do Reino Unido, Boris Johnson.

Torcer pelo Brasil

Assim como você, acredito, torci muito pelo Brasil. O governo não podia errar. Ainda que as pessoas quisessem que Bolsonaro fosse substituído nas próximas eleições, o seu sucessor precisaria encontrar um país em condições de governabilidade. Por isso, se as decisões fossem equivocadas, em caso de troca do comando, até o próximo governante seria prejudicado. Assim como todos nós.

A fase de penúria ainda não passou, mas já dá para respirar e olhar para trás. Sobrevivemos à pandemia. Com perdas irreparáveis em todas as nações. Aqui foi possível disponibilizar vacinas para as pessoas que desejaram se vacinar. Uma, duas, três, quatro doses. A nossa tradição e estrutura do SUS (Sistema Único de Saúde) puderam atender à população em tempo muito menor que os outros países. Um sucesso!

Números impressionantes

O Auxílio Emergencial, com a agilidade da Caixa Econômica Federal, fez com que milhões de brasileiros, que nunca passaram na porta de uma agência bancária, fossem cadastrados, também em tempo recorde. Em poucos dias já estavam de posse dos recursos para garantir a alimentação da família. Só para dar uma ideia do volume, esse auxílio foi superior a uma década do Bolsa Família.

Mesmo diante de tantos transtornos e incertezas, reduzimos em um terço o número de homicídios. Foram menos 20.550 pessoas assassinadas. Criamos 3,5 milhões de novas vagas de trabalho, com redução do desemprego para menos de dois dígitos. O PIB cresceu acima de todas as previsões. E continua sendo revisado para cima a cada mês.

Mais números positivos

E não foi só. Batemos recordes de superavit comercial. Nunca tivemos tanta gente interessada em investir no Brasil. Trouxeram para cá mais de 60 bilhões de dólares. Quase o dobro foi investido na Bolsa de Valores.

Saímos de um prejuízo de 32 bilhões nas empresas estatais em 2016 para um lucro superior a 180 bilhões. E tudo isso com programas de infraestrutura esparramados por todos os cantos. Aprovação do Marco de Saneamento Básico, portos, rodovias, ferrovias. Tudo para deixar o país na ponta dos cascos e continuar crescendo nas próximas décadas.

Esse será o país que o próximo governo vai herdar. Independentemente de quem seja o vencedor nas eleições de outubro, terá condições de aproveitar esses resultados para tornar a vida dos brasileiros ainda melhor. Não importa quem seja o próximo presidente, vamos continuar torcendo para que o Brasil dê cada vez mais certo.

Superdicas da semana

  • Devemos torcer sempre pelo Brasil
  • Não há narrativa que contrarie os fatos
  • Os números podem ser até interpretados, mas o resultado será o mesmo
  • Quem erra merece crítica. Quem acerta, elogio

Livros de minha autoria que ajudam a refletir sobre esse tema: "Como falar corretamente e sem inibições", "Os segredos da boa comunicação no mundo corporativo" e "Oratória para advogados", publicados pela Editora Saraiva. "29 minutos para falar bem em público", publicado pela Editora Sextante. "Oratória para líderes religiosos", publicado pela Editora Planeta.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior deste texto informava que o Brasil atingiu a menor quantidade de habitantes pobres da história. O dado, porém, se refere a 2020. Em 2021, o dado mais recente, o país tinha 23 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, maior nível da série histórica. O texto foi alterado.