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REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Redução das embalagens no supermercado! Aprenda a evitar a economia burra

César Esperandio

07/12/2021 04h00

Você comprou alguma coisa no supermercado recentemente e quando foi usar percebeu que veio bem menos que antes ou que não durou nada?

Com a inflação beirando o descontrole e a alta de preços nos forçando a escolher o que comprar e o que deixar de fora do carrinho do supermercado, vários itens nas prateleiras sofrem redução do volume da embalagem, tática de fabricantes para não aumentar o preço de seus produtos.

Na prática, você está levando menos e pagando mais!

Essa redução tem que estar informada na embalagem, mas nem sempre é fácil perceber isso.

Se o item A fez essa redução de quantidade do produto e não alterou o preço, enquanto o produto B concorrente continuou com o mesmo volume dentro da embalagem e aumentou um pouco o preço, como escolher qual é a compra mais vantajosa?

Qual dos dois será que realmente vale mais a pena comprar nessa hora? Será que você está fazendo uma "economia burra" ao comprar o produto mais barato? Será que você está se metendo no famoso "barato que sai caro"?

A gente foi ao supermercado e mostrou o método mais fácil de escolher a melhor compra para economizar de verdade e não cair em pegadinha de maquiagem de preços de marcas que mascaram o aumento do preço, reduzindo a embalagem para parecer que o produto não ficou mais caro.

Você só vai precisar do seu celular para fazer a conta, sem precisar de internet, exatamente como mostramos no vídeo no começo deste artigo.

Produtos que reduziram a embalagem

Há vários exemplos de produtos que reduziram a embalagem recentemente:

  • Aveia Quaker (Oat bran) passou de 200 g para 165 g.
  • Leite Ninho passou de 400 g para 380 g.
  • O sabão em pó em média está menor, de 1 kg passou a ter 900 g.
  • Azeite (de 500 ml para 400 ml).
  • Embalagens congeladas de frango (redução de 1 kg para 800 g).
  • Embalagens de ovos (30 unidades para 20 unidades).
  • Iogurte líquido (de 1000 ml para 900 ml).
  • Papel higiênico Neve passou a ser oferecido na versão de 20 metros, sendo que o tradicional é de 30 metros. A empresa esclarece que continua disponibilizando os rolos de 30 metros e que a nova opção é uma alternativa mais econômica para caber no bolso do cliente.

Qual é o mais barato?

Diante dessa confusão de produtos concorrentes com quantidades e preços diferentes, há uma conta bem simples para decidir qual levar, exatamente como gravamos a tela e mostramos no vídeo acima.

Produtos medidos em gramas ou quilos

Suponha que haja dois produtos concorrentes medidos pelo peso (massa em gramas ou quilos).

Você dividirá o preço pela quantidade da embalagem A, de modo a encontrar o preço da unidade mínima padrão passível de comparação.

Assim, encontrará o preço por gramas, por exemplo.

Em seguida, basta fazer o mesmo com o produto B para ver qual está mais barato.

Produtos medidos em litros ou mililitros

Imagine que haja uma mesma marca de cerveja oferecendo duas embalagens com volumes diferentes, como uma latinha de 350 ml ao preço de R$ 3,99 e uma long neck de 275 ml por R$ 4,49.

Ao dividir o preço da latinha por seu volume, você perceberá que pagaria pouco mais de R$ 0,01 por mililitro.

Ao fazer a mesma conta para a long neck, já saberia que ela está mais cara.

Mas e se você quiser saber quanto custaria a latinha caso tivesse o mesmo volume que a long neck de 275 ml?

Nesse caso, é só multiplicar o preço por mililitro da latinha por 275 ml do outro envase para descobrir que a latinha custaria R$ 3,14 caso tivesse o mesmo volume que a long neck, evidenciando que vale mais a pena comprar a latinha se quiser pagar mais barato.

Ficou confuso? Eu gravei a minha tela no supermercado e mostrei essas contas na calculadora para você conseguir fazer sozinho. Está tudo no vídeo do começo deste texto!

Como se proteger da alta de preços?

A gente sempre fala de investimentos e hoje não podia ser diferente. A categoria de investimentos mais segura do Brasil é o Tesouro Direto e por lá há um investimento cuja rentabilidade sempre supera a alta de preços das coisas.

Pode vir uma inflação de 10%, 20%, 100%...

Não importa! O Tesouro IPCA sempre faz seu dinheiro render exatamente a inflação mais uma rentabilidade bônus acima disso, como explico no vídeo a seguir.

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