Ações de Eike Batista puxam queda da Bovespa; OGX desaba quase 30%
A Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira (1º). O Ibovespa (principal índice da Bolsa) perdeu 0,48%, aos 47.229,59 pontos. Os negócios movimentaram R$ 5,9 bilhões.
A principal influência de queda foram as ações da petrolífera OGX (OGXP3), de Eike Batista, que desabaram 29,11%, para R$ 0,56.
A empresa anunciou que pode suspender a produção no campo de Tubarão Azul a partir do ano que vem.
As ações da LLX (LLXL3) e MMX (MMXM3), também de Eike, apareceram entre as maiores quedas, recuando cerca de 10% cada.
O dólar comercial fechou praticamente estável, com leve queda de 0,01%, vendido a R$ 2,231. Ao longo do dia, a cotação no Brasil acompanhou a tendência dos países emergentes, nos quais o dólar operou em baixa.
Empresas de Eike fecham no vermelho
"A forte queda da OGX e de outras empresas do grupo arrastou o Ibovespa para baixo", disse Eduardo Cavalheiro, sócio na Rio Verde Investimentos em São Paulo.
"Fora isso, o mercado foi lento, sem ânimo", acrescentou.
A notícia de que a OGX poderia suspender a produção no campo de Tubarão Azul azedou de vez o humor dos investidores, que já vinham mostrando nos últimos meses crescentes preocupações com a situação da OGX.
A ação chegou a cair pouco mais de 39% no pior momento da sessão, a R$ 0,48.
"Restam poucos caminhos para a empresa", afirmou o analista Luiz Francisco Caetano, da Planner, em relatório intitulado "OGX: O fim da história?"
Esse cenário contaminou também as outras ações do grupo EBX, de Eike, levando todos os papéis a fechar no vermelho.
A empresa de logística LLX (LLXL3) recuou 10,1%, a R$ 0,89; a mineradora MMX (MMXM3) perdeu 9,52%, a R$ 1,33.
Fora do Ibovespa, a ação da OSX (OSXB3) fechou em queda de 5%, a R$ 1,33; a MPX (MPXE3), de energia, teve baixa de 4,64%, a R$ 7,20; e a mineradora de carvão CCX (CCXC3) perdeu 16,48%, a R$ 0,76.
Com as ações valendo cerca de R$ 1, as oscilações de preço na Bolsa são mais intensas. Diferenças de centavos nas negociações provocam variação percentual significativa.
Bolsas internacionais
Os principais índices acionários norte-americanos subiram, apoiados em dados econômicos animadores. Alguns investidores aproveitaram as fortes altas recentes para vender ações com lucro.
O Dow Jones subiu 0,44%, a 14.974 pontos. O Standard & Poor's 500 ganhou 0,54%, a 1.614 pontos. A Nasdaq teve alta de 0,92%, a 3.434 pontos.
As ações europeias fecharam em alta nesta primeira sessão do trimestre. Dados econômicos acima da expectativa no sul da Europa e algumas atividades de fusão e aquisição fizeram com que gerentes de fundos elevassem suas posições.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 1% para 1.163 pontos. O espanhol IBEX e o italiano FTSE MIB, com alta de 1,9% e 1,5% respectivamente, foram os índices nacionais com melhor performance, apoiados por dados da indústria melhor do que o esperado.
Em Londres, o índice Financial Times avançou 1,49%. Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 0,31%. Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 0,76%.
As ações asiáticas fecharam sem tendência definida. Predominaram entre os investidores as preocupações de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, possa começar a reduzir seu estímulo econômico em setembro e os sinais de desaceleração da economia na China.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,28%. As ações australianas perderam 1,92%, as sul coreanas recuaram 0,41%, enquanto Hong Kong subiu 1,78%.
As ações de Xangai avançaram 0,81%, a bolsa de Taiwan perdeu 0,33%, enquanto Cingapura teve queda de 0,3%.
(Com Reuters)
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