Ação da OGX desaba 20% e vale R$ 0,45; papéis de Eike lideram perdas
As ações das empresas do grupo EBX, de Eike Batista, fecharam novamente em forte queda nesta terça-feira (2). Depois de ter desabado quase 30% na véspera, a ação da petrolífera OGX (OGXP3) liderou as perdas da Bovespa hoje, afundando mais 19,64% e passando a valer R$ 0,45.
A empresa tinha anunciado que pode suspender a produção de petróleo em Tubarão Azul a partir do ano que vem. Após o anúncio, quatro bancos reduziram sua expectativa de preço para a ação da empresa o Deutsche Bank chegou a avaliar que o papel da OGX vai chegar a R$ 0,10 em um ano.
Além disso, a agência de risco S&P cortou a nota de crédito da empresa, para um nível próximo do risco de calote. Em um ranking da empresa de gestão de risco Kamakura, a OGX passou a figurar como a terceira empresa do mundo com maior ameaça de calote aos credores.
Outras ações de Eike também fecharam o dia no vermelho: a mineradora MMX (MMXM3) desabou 17,29%, a R$ 1,10; a empresa de logística LLX (LLXL3) recuou 11,24%, a R$ 0,79.
A OSX (OSXB3), de construção naval, teve queda de 15,79%, a R$ 1,12; a MPX (MPXE3), de energia, perdeu 8,75%, a R$ 6,57; e a CCX (CCXC3), de mineração de carvão, recuou 9,21%, a R$ 0,69.
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Ações de Eike enfrentam crise no mercado
As seis empresas do bilionário listadas em Bolsa (OGX, MMX, MPX, OSX, LLX e CCX) enfrentam uma séria crise no mercado, com o receio de investidores. As ações das empresas têm grandes oscilações cada vez que um novo boato ganha repercussão.
O valor de mercado das empresas de Eike teve uma queda de R$ 109 bilhões, do melhor momento das empresas na Bolsa de Valores até a cotação do fechamento da última quinta-feira (27), segundo levantamento do jornal "Valor Econômico".
Eike pode perder controle de grupo de empresas
Com o império em crise, o bilionário Eike Batista pode perder o controle do grupo EBX. Em uma reportagem especial sobre as perdas das empresas do brasileiro nos últimos meses, o jornal norte-americano "The New York Times" afirma que, com o aumento das dívidas do grupo, os principais credores (grandes bancos) "poderiam levá-lo a uma reestruturação que poderia lhe custar o controle das companhias".
Ainda de acordo com o "NYT", as dificuldades do bilionário refletem o momento atual da economia brasileira, com a reversão de expectativas dos investidores internacionais. (Clique aqui e leia o texto na íntegra)
Mais rico do mundo
Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 -mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.
De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.
(Com Reuters)
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