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Dólar sobe 1,3% e fecha a R$ 3,85, após Brasil perder grau de investimento

Do UOL, em São Paulo

10/09/2015 17h08

Após subir 3% e bater R$ 3,91 durante o dia, o dólar comercial reduziu a alta e fechou esta quinta-feira (10) com valorização de 1,34%, a R$ 3,85 na venda.

Neste ano, o dólar acumula valorização de 44,82%. Em 12 meses, a alta é de 68% --há um ano, a moeda valia R$ 2,291. 

Nas casas de câmbio de São Paulo, o dólar para turistas já é vendido acima de R$ 4,25.

Na véspera, a agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou a nota do Brasil de "BBB-" para "BB+". Com isso, o país perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador.

Além de retirar do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que a situação pode piorar ainda mais, ao manter a perspectiva negativa para a nota brasileira.

O país ainda mantém o grau de investimento de acordo com as outras duas principais agências: Fitch e Moody's.

Uma maior alta do dólar foi contida por declarações da Fitch que sugerem que deve manter o grau de investimento do país no curto prazo, além da intervenção do Banco Central no mercado de câmbio pela manhã.

Ainda assim, há expectativas de que o dólar tende a chegar a R$ 4 em breve.

BC faz leilão de dólar

Nesta manhã, o BC anunciou leilão de venda de até US$ 1,5 bilhão com compromisso de recompra, o que ajudou a reduzir o avanço da moeda.

O BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9.450 contratos.

Ao todo, já rolou o correspondente a US$ 3,181 bilhões, ou cerca de 33% do total de US$ 9,458 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o fim deste mês.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

Levy fala

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, convocou, de última hora, uma coletiva com a imprensa na tarde desta quinta-feira. Levy disse que o governo tem uma série de "reformas estruturais" que estão sendo discutidas com o Congresso e que o país precisa de uma "ponte fiscal" para voltar ao crescimento econômico.

Ele afirmou que o pacote com as novas medidas deve estar "bem estruturado para começar a ser votado" até o final de setembro.

Questionado por jornalistas, o ministro não especificou nenhuma nova medida a ser adotada e disse não ter valores de cortes ou aumento de arrecadação que pudesse "compartilhar neste momento".

(Com Reuters)