Dólar cai no dia, mas fecha o mês com alta de 9,3%, a R$ 3,966
O dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira (30), caindo 2,31%, a R$ 3,966. Na véspera, a moeda norte-americana tinha caído 1,23%.
Esse é o menor valor de fechamento desde o dia 18 deste mês, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,958.
Apesar de cair no dia, o dólar fecha o mês com valorização de 9,33%. É o terceiro mês seguido de avanço da moeda. No ano, o dólar já subiu 49,15%.
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Contexto nacional
Investidores receberam bem as ações tomadas pelo governo para apaziguar as tensões com a base aliada no Congresso.
"A melhora no cenário político passa pela visão de que os vetos da presidente (Dilma Rousseff) podem ser aprovados pelo Congresso, e cresce a chance de a CPMF emplacar", disse o estrategista da corretora Coinvalores Paulo Celso Nepomuceno à agência de notícias Reuters, referindo-se a medidas importantes do reequilíbrio das contas públicas brasileiras.
No entanto, operadores ressaltavam que o alívio desta sessão pode muito bem ser pontual, e a instabilidade do dólar deve continuar. Além disso, dúvidas sobre a possibilidade de o BC vender dólares no mercado à vista, após reforçar sua atuação com leilões de linha e de novos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares), também adicionavam incerteza às operações.
Atuações do BC
O BC concluiu nesta sessão a rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, repondo 95% do lote total. O próximo lote de swaps vence em 3 de novembro e equivale a US$ 10,278 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
"O BC parece ter escolhido uma estratégia de intervenção cambial caracterizada por 'imprevisibilidade', com o momento, o tamanho e o produto específico a serem adotados variando diariamente", escreveu o estrategista global de câmbio do banco Nomura, Mario Roble. Ele ressaltou que "efetivamente, não há motivo urgente para usar as reservas, pelo menos de um ponto de vista de fundamentos".
País não economiza para pagar juros
O setor público brasileiro (que inclui o governo central, governos estaduais e municipais e empresas estatais) não conseguiu economizar para pagar os juros da dívida pública em agosto. Esse resultado é chamado de primário.
O deficit primário mensal foi de R$ 7,31 bilhões; analistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam resultado negativo de R$ 14,45 bilhões.
Pelos cálculos do Banco Central, que têm pequenas diferenças metodológicas em relação aos do Tesouro, o governo central teve resultado negativo de R$ 6,9 bilhões.
(Com Reuters)
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