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Dólar cai no dia e na semana e fecha a R$ 3,946, após seis semanas de alta

Do UOL, em São Paulo

02/10/2015 17h09Atualizada em 02/10/2015 17h09

Após começar o dia em alta, o dólar comercial inverteu a tendência e fechou esta sexta-feira (2) em queda de 1,42%, valendo R$ 3,946 na venda. Esse é o menor valor de fechamento desde 17 de setembro, quando o dólar valia R$ 3,882.

Com isso, o dólar fecha a semana com baixa de 0,75%, após seis semanas seguidas de alta. No ano, a moeda acumula valorização de R$ 48,41%.

Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado em alta, acima de R$ 4.

Reforma ministerial

No Brasil, as incertezas políticas e econômicas, em meio a intensos atritos entre o Palácio do Planalto e o Congresso que vêm dificultando o reequilíbrio das contas públicas, contribuíam para deixar o mercado sensível.

O dólar passou cair no final da manhã, após a presidente Dilma Rousseff anunciar o corte de oito ministérios. Também houve redução de 10% nos salários da própria presidente, do vice, Michel Temer, e dos ministros do governo.

"O mercado interpreta isso [a reforma ministerial] como uma ação, algo que o governo não fez em nenhum momento e tinha ficado devendo. Agora cortou na carne", disse à agência de notícias Reuters o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

Desaceleração do emprego nos EUA

Investidores também estavam de olho nos dados criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos. Segundo dados do governo norte-americano, a geração de empregos desacelerou nos últimos dois meses.

Com isso, investidores acreditam que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) possa adiar a alta dos juros para o ano que vem.

"Em um prazo mais longo, os dados alimentam temores de que a desaceleração do crescimento econômico global, influenciada pela China, esteja enfraquecendo os EUA. Mas, no curto prazo, foram positivos para mercados emergentes devido à possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros somente em 2016", disse à Reuters o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM.

Atuações do BC

O Banco Central deu continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais (que equivalem a venda futura de dólares) com vencimento em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 mil contratos. Até agora, o BC já rolou US$ 1,021 bilhão, ou cerca de 10% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões. 

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)