Após operar em baixa, dólar inverte e fecha em alta, acima de R$ 3,90
Após começar o dia em queda e chegar perto de R$ 3,85, o dólar comercial inverteu a tendência e fechou esta terça-feira (20) com alta de 0,67%, valendo R$ 3,903 na venda. É o maior valor de fechamento desde 2 de outubro, quando o dólar valia R$ 3,946.
Na véspera, o dólar tinha fechado quase estável, com leve alta de 0,09%. No mês de outubro, a moeda acumula queda de 1,58%; no ano, tem alta de 46,79%.
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Cenário nacional
Em um dia de poucos negócios, investidores continuavam preocupados com as contas públicas e com o cenário político no Brasil.
Entre as preocupações estão a permanência do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo e a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Nesta manhã, a oposição informou que adiou para quarta-feira o protocolo na Câmara dos Deputados do novo pedido de impeachment contra a presidente.
O mercado também avaliava a notícia de que o governo pretende mudar a meta de economia deste ano e reconhecer que terá um rombo de até R$ 50 bilhões.
Mercado internacional
No cenário externo, o pronunciamento da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen, frustrou investidores, que esperavam alguma indicação sobre quando a autoridade monetária aumentará os juros nos Estados Unidos.
Com isso, o mercado segue com dúvidas se o aumento virá ainda neste ano ou só em 2016.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde as taxas são mais altas, como o Brasil.
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, o BC já rolou US$ 6,655 bilhões, ou cerca de 65% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Reunião do Copom
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central começou hoje uma reunião de dois dias para definir a Selic, a taxa básica de juros do país.
Atualmente, a taxa está em 14,25%, o nível mais alto desde agosto de 2006. Todos os analistas consultados pela agência de notícias Reuters e pelo jornal "Valor Econômico" acreditam que o BC irá manter os juros nesse nível, assim como fez em sua última reunião.
(Com Reuters)
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