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Dólar fecha em queda de 0,6%, a R$ 3,549, sem ação do BC e de olho em Temer

Narong Sangnak/Efe
Imagem: Narong Sangnak/Efe

Do UOL, em São Paulo

25/04/2016 17h06Atualizada em 25/04/2016 18h06

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (25) em queda de 0,61%, cotado a R$ 3,549 na venda, após duas sessões de alta. 

Na sexta-feira (22), a moeda norte-americana havia subido 1,07%.

Hoje, o Banco Central não atuou no mercado de câmbio, como vinha fazendo recentemente. Além disso, investidores estavam animados com os nomes cotados para a equipe econômica de Michel Temer, caso haja o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. 

"Os nomes especulados são bem recebidos... O mercado aposta que virão para a equipe econômica nomes bem conceituados que trarão credibilidade para o governo", disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, à agência de notícias Reuters.

Equipe econômica de Temer

Notícias publicadas no fim de semana reforçaram a possibilidade de o ex-presidente do BC Henrique Meirelles assumir o Ministério da Fazenda se Temer assumir a Presidência. Os dois estiveram juntos no sábado, em Brasília.

Outro cotado para o posto foi o senador José Serra (PSDB-SP), que já sinalizou que aceita a oferta, segundo a colunista Mônica Bergamo, da "Folha".

Também circularam rumores envolvendo os nomes de Murilo Portugal, presidente da Febraban, para o Ministério da Fazenda, e do ex-diretor do BC Luiz Fernando Figueiredo para assumir o Banco Central. 

Processo de impeachment

O Senado define nesta tarde a comissão especial que avaliará o processo de impeachment.

Depois de a Câmara dos Deputados ter aprovado o processo de afastamento da presidente, o Senado terá de reafirmar a decisão, o que já afastaria Dilma por até seis meses, até o julgamento final do processo na Casa.

'Mão mais leve' do BC

A ausência do Banco Central no mercado também ajudou na queda do dólar nesta sessão.

O BC vinha atuando fortemente fazendo leilões de swaps cambiais reversos --equivalentes à compra futura de dólar--, mas reduziu a intensidade recentemente.

Uma fonte da equipe econômica disse à agência de notícias Reuters na semana passada que o BC atuaria com "mão mais leve".

Cenário externo

No exterior, o clima de cautela prevalecia à espera da reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (27).

De maneira geral, a expectativa é que o Fed mantenha os juros, mas sinalize a possibilidade de aumento em breve. Juros mais altos nos EUA podem levar investidores a transferirem para a maior economia do mundo recursos alocados em outros países, como o Brasil. 

(Com Reuters)