Dólar avança 2,33% e fecha a R$ 3,571, maior valor em 2 semanas
O dólar comercial emendou o segundo avanço seguido e fechou esta terça-feira (3) em alta de 2,33%, cotado a R$ 3,571 na venda. É o maior valor de fechamento em duas semanas. Em 18 de abril, a moeda norte-americana encerrou o dia valendo R$ 3,597.
Essa foi também a maior alta percentual diária desde 15 de março, quando a moeda havia subido 3,03%.
Na véspera, o dólar já tinha avançado 1,45%. Mesmo assim, a moeda ainda acumula desvalorização de 9,54% no ano.
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Dados da China e petróleo
A alta do dólar foi influenciada pelo pessimismo de investidores em relação ao cenário externo. Na China, a atividade industrial encolheu pelo 14º mês seguido em abril, de acordo com dados divulgados hoje.
Reforçava a cautela dos investidores a queda nos preços do petróleo. O barril do petróleo Brent, negociado em Londres e referência para o mercado, caiu 1,88%. O petróleo nos Estados Unidos (WTI) fechou em queda de 2,52%.
Atuação do BC
Também influenciou o dólar a atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Nesta sessão, o BC vendeu 9.800 contratos de swap cambial reverso (equivalente à compra futura de dólares) da oferta total de até 20 mil.
O dólar continuou em alta, e o BC não anunciou novo leilão para tentar negociar o restante dos contratos não vendidos no primeiro leilão, como fez em outras ocasiões.
Crise política
Investidores continuam de olho nos desdobramentos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Na véspera, Henrique Meirelles, ex-presidente do BC e já indicado para comandar o ministério da Fazenda num eventual governo de Michel Temer, disse que é preciso reverter a trajetória da dívida pública.
Além disso, Temer deu sinais de que manterá o "pacote de bondades" anunciado por Dilma no domingo, que inclui um aumento de 9% no Bolsa Família.
Governo aumenta IOF
Também na véspera, o governo aumentou de 0,38% para 1,1% a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para a compra de dólar e outras moedas estrangeiras em espécie. A medida entra em vigor hoje.
A mudança não tem grande impacto sobre a cotação do dólar comercial, mas deve afetar especialmente os brasileiros que viajam ao exterior a turismo.
(Com Reuters)
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