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Dólar sobe 2,6%, a R$ 3,812, na maior alta em mais de um ano; Bolsa cai 1%

Do UOL, em São Paulo

14/06/2018 17h08Atualizada em 14/06/2018 17h26

O dólar comercial fechou esta quinta-feira (14) em alta de 2,64%, cotado a R$ 3,812 na venda. É o segundo avanço seguido da moeda norte-americana e a maior valorização percentual diária desde 18 de maio de 2017 (+8,15%), um dia após a divulgação dos áudios da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista. Na véspera, o dólar subiu 0,17%.

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,97%, a 71.421,19 pontos. É a segunda baixa consecutiva e o menor nível de fechamento desde 14 de novembro (70.826,59 pontos). Na véspera, a Bolsa caiu 0,87%.

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Dona da Sadia sobe 3,32%

Entre os destaques da Bolsa, as ações da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, subiram 3,32%, em meio a expectativas de que Pedro Parente, ex-presidente da Petrobras, assuma o comando da empresa, que tem sofrido com uma série de eventos negativos.

Os papéis da mineradora Vale (+0,31%) também fecharam em alta, enquanto as ações do Banco do Brasil (-4,53%), do Bradesco (-4,06%), do Itaú Unibanco (-3,55%) e da Petrobras (-0,46%) tiveram queda. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Medida do BC europeu afeta dólar

O mercado estava cauteloso, após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar que vai acabar com seu programa de compras de títulos, mas que isso não significava juros maiores no curto prazo. Com isso, investidores estavam preferindo aplicações em dólares, o que fazia a moeda se valorizar em relação às demais.

No Brasil, agentes do mercado citavam que também contribuía para a alta do dólar a proximidade do fim do lote de US$ 20 bilhões em swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- que o Banco Central anunciou que injetaria no mercado até o fim desta semana.

Nesta sessão, o BC fez três leilões de swaps, somando desde a sexta-feira (8) até agora US$ 18 bilhões. O último leilão do dia, de 20 mil contratos, foi realizado no meio da tarde, quando o dólar avançava ao redor do mundo.

(Com Reuters)