Dólar cai pelo 2º dia, a R$ 3,841; Bolsa fecha no maior nível em 3 semanas
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (28) em queda de 0,93%, cotado a R$ 3,841 na venda, na segunda baixa seguida. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou alta de 1,55%, a 89.250,82 pontos, maior nível de fechamento em quase três semanas, desde 5 de novembro (89.598,16 pontos).
Na véspera, o dólar caiu 1,04% e a Bolsa avançou 2,74%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
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Lojas Americanas saltam 6,4% e Vale sobe 4,8%
Entre as maiores altas da Bolsa, as ações das Lojas Americanas saltaram 6,44%, com investidores otimistas após o índice de confiança do comércio apurado pela Fundação Getulio Vargas atingir o maior patamar desde 2014.
Também influenciaram o desempenho do Ibovespa os ganhos da mineradora Vale (+4,77%), do Itaú Unibanco (+2,5%), do Bradesco (+2,04%) e do Banco do Brasil (+1,58%). Por outro lado, os papéis da Petrobras (-1,25%) fecharam em queda. Essas empresas têm forte peso sobre o índice.
Atuação do BC
O movimento do dólar foi influenciado por uma nova atuação do Banco Central. Nesta quarta, o BC vendeu US$ 1 bilhão, metade do comercializado na véspera, numa estratégia para tentar conter a avanço da moeda norte-americana no final do ano. Nesse período, é comum as empresas enviarem recursos para o exterior, o que diminui a oferta de dólar no país e pressiona a cotação para cima.
Além disso, o BC manteve sua atuação diária com a venda de 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, o BC rolou US$ 11,56 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro.
Juros nos EUA
No exterior, investidores estavam otimistas após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, ter dado indícios de que o ciclo de alta dos juros no país pode ser mais lento do que o esperado.
O mercado vinha apostando em cinco altas de juros até o início de 2020. Mas essa trajetória pode mudar, sobretudo se as previsões de desaceleração econômica global se confirmarem em meio à guerra comercial travada entre os Estados Unidos e outros países, principalmente a China.
Juros maiores nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira.
(Com Reuters)
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