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Dólar tem 7ª alta semanal e fecha a R$ 3,905; Bolsa cai pela 2ª semana

Do UOL, em São Paulo

14/12/2018 17h08Atualizada em 14/12/2018 18h39

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (14) em alta de 0,63%, cotado a R$ 3,905 na venda. Na semana, acumulou alta de 0,37% --sétimo avanço semanal seguido. 

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,44%, a 87.449,50 pontos, após três altas. Foi a segunda semana seguida de baixa. 

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,72%, a R$ 3,88, e a Bolsa ganhou 0,99%. 

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior. 

Gol dispara 7,5%

As ações das companhias aéreas Gol (+7,5%) subiram pelo quarto dia seguido, após a Avianca Brasil, sua concorrente entrar com um pedido de recuperação judicial. A Justiça de São Paulo aceitou o processo. 

Também afetou o mercado de aviação nesta semana a decisão do presidente Michel Temer de assinar uma medida provisória permitindo que estrangeiros assumam até 100% do capital de companhias aéreas no país. Hoje, o limite é de 20%.

A aérea Azul (-1,62%), por outro lado, fechou em queda. O presidente da empresa disse nesta quarta que não há planos de fazer uma oferta pela Avianca Brasil "agora", mas que "é capaz de, no futuro, darmos uma olhada".

Petrobras e bancos caem

As ações da Petrobras (-1,33%) e dos bancos Bradesco (-1,13%) e Itaú Unibanco (-0,73%%) caíram nesta sessão, e o Banco do Brasil (+0,05%) ficou quase estável. Já a Vale subiu 0,55%. Essas empresas têm forte peso no Ibovespa. 

Cenário externo

O dólar acompanhou o movimento do mercado internacional, após surgirem novas preocupações com a desaceleração da economia mundial.

As preocupações se baseiam principalmente na divulgação de dados fracos sobre a China. As vendas no varejo no país asiático cresceram em novembro no ritmo mais baixo desde 2003, e a produção industrial aumentou à taxa mais fraca em quase três anos.

Além disso, na Europa, as empresas cresceram em dezembro no ritmo mais lento em mais de quatro anos, segundo o indicador PMI (Índice de Gerentes de Compras). 

O cenário, além de reforçar temores sobre o ritmo do crescimento global, aumentava o desconforto com a atual disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,8 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 6,915 bilhões do total de US$ 10,373 bilhões que vence em janeiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final da semana que vem, terá feito a rolagem integral.

(Com Reuters)