Ação da Vale fecha em alta de 0,85%, após cair 24,5% na véspera; Bolsa sobe
As ações da mineradora Vale (VALE3) fecharam esta terça-feira (29) em alta de 0,85%, a R$ 42,74, após registrarem queda de 24,52% na véspera. Pela manhã, os papéis chegaram a subir mais de 3%, mas depois a alta desacelerou. A sessão desta terça-feira foi a segunda após o rompimento de uma barragem de rejeitos da companhia em Brumadinho (MG).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com valorização de 0,2%, a 95.639,33 pontos. Na véspera, a Bolsa caiu 2,29%, na maior queda percentual diária desde 10 de dezembro (-2,5%).
Especialistas ouvidos pelo UOL disseram que as ações da Vale subiram devido a dois fatores: possibilidade de mudança na diretoria da empresa e oportunidade de lucrar com os papéis no futuro.
Eletrobras dispara 7%
Na maior alta da Bolsa no dia, os papéis da estatal Eletrobras dispararam 7,08%, após o secretário de privatizações do governo federal, Salim Mattar, afirmar que a elétrica será privatizada por meio de aumento de capital.
Também registraram ganhos as ações do Banco do Brasil (+3,33%) e da Petrobras (+2,42%). Por outro lado, os papéis do Bradesco (-1,29%) e do Itaú Unibanco (-0,73%) fecharam em queda. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Dólar tem maior queda em quase um mês
O dólar comercial fechou em queda de 1,14%, cotado a R$ 3,723 na venda, na segunda baixa seguida. É a maior desvalorização percentual diária em quase um mês, desde 3 de janeiro (-1,46%), e o menor valor de fechamento desde 14 de janeiro (R$ 3,699).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Nota da Vale sob risco de novo rebaixamento
Nesta terça, a agência de classificação de risco Moody's colocou a nota da mineradora em perspectiva negativa, ou seja, com possibilidade de rebaixamento em breve. O mesmo já havia sido feito pela S&P no sábado (26).
Na véspera, a agência Fitch rebaixou a nota da Vale para "BBB-". O rebaixamento, segundo a Fitch, reflete a expectativa de que a companhia terá de arcar com pesados custos de reparação.
Governo nega intervenção na mineradora
Em pronunciamento feito nesta terça, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que não haverá intervenção do governo no comando da Vale. A intervenção havia sido cogitada pelo presidente em exercício, general Hamilton Mourão.
O ministro afirmou, ainda, que essa é uma decisão que cabe ao conselho de administração da empresa e que o governo é "apenas um acionista". Reportagem da "Folha" nesta terça afirmou que o governo estuda o afastamento da atual diretoria da Vale. Para isso, precisaria do apoio de outros membros do conselho.
(Com Reuters)
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