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Dólar tem maior queda em quase um mês e fecha valendo R$ 3,723

Do UOL, em São Paulo

29/01/2019 17h19Atualizada em 29/01/2019 18h42

O dólar comercial fechou esta terça-feira (29) em queda de 1,14%, cotado a R$ 3,723 na venda, na segunda baixa seguida. É a maior desvalorização percentual diária em quase um mês, desde 3 de janeiro (-1,46%) e o menor valor de fechamento desde 14 de janeiro (R$ 3,699). Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,17%, cotado a R$ 3,765.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Bolsa fecha em alta

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com valorização de 0,2%, a 95.639,33 pontos. Na véspera, a Bolsa caiu 2,29%, na maior queda percentual diária desde 10 de dezembro (-2,5%).

As ações da mineradora Vale (VALE3) fecharam em alta de 0,85%, a R$ 42,74, após registrarem queda de 24,52% na véspera. Pela manhã, os papéis chegaram a subir mais de 3%, mas depois a alta desacelerou. A sessão desta terça-feira foi a segunda após o rompimento de uma barragem de rejeitos da companhia em Brumadinho (MG).

Juros nos EUA

Investidores monitoravam o cenário externo. O Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) deve anunciar na próxima quarta-feira (30) sua primeira decisão de política monetária no ano. O mercado espera uma sinalização de pausa no ciclo de aumento nos juros norte-americano. Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em outras economias, como a brasileira.

O mercado também aguardava com cautela a nova rodada de negociações comerciais entre EUA e China, com a visita do vice-premiê chinês, Liu He, prevista para quarta-feira.

"Embora os mercados estejam acreditando num avanço das conversas, e é provável que elas caminhem em direção a uma redução das tensões, ainda tem muita coisa em aberto", afirmou à agência de notícias Reuters o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.

Retorno do Legislativo

No Brasil, o mercado espera pelo início dos trabalhos no Legislativo, na sexta-feira (1º), com a escolha dos presidentes da Câmara e Senado, e monitora a recuperação do presidente Jair Bolsonaro, que passou por cirurgia de reversão da colostomia, na véspera.

A expectativa é que, mesmo durante a recuperação em São Paulo, Bolsonaro avance com definições sobre a reforma da Previdência, muito aguardada pelo mercado.

Atuação do BC

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 12,73 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

(Com Reuters)

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