Bolsa emenda 2ª queda e perde 1%; dólar sobe e fecha valendo R$ 3,732
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em baixa de 1,04%, a 96.509,89 pontos, na segunda queda consecutiva. É a maior desvalorização percentual diária em mais de uma semana, desde 6 de fevereiro (-3,74%). O dólar comercial terminou o dia em alta de 0,78%, cotado a R$ 3,732 na venda, após cair nas duas últimas sessões.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Petrobras, Vale e bancos caem
Entre os destaques da Bolsa, as ações da BR Distribuidora caíram 3,51%, na maior queda do dia, após pedido de renúncia do diretor de Mercado Corporativo e Lubrificantes, Gustavo Henrique Braga Couto.
Também fecharam em baixa os papéis do Bradesco (-2,28%), do Itaú Unibanco (-1,6%), da Vale (-1,37%), da Petrobras (-1,16%) e do Banco do Brasil (-0,99%). Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Crise no governo
O mercado monitorava os desdobramentos da crise política do governo Jair Bolsonaro, tendo como centro Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência e um dos principais articuladores da campanha presidencial de Bolsonaro. Bebianno está envolvido em denúncias de um esquema de candidaturas laranjas dentro do PSL, o partido do presidente.
Há preocupação de que a demora para solucionar a situação do ministro impacte negativamente a tramitação da reforma da Previdência, que deve ser enviada ao Congresso na quarta-feira (20).
Investidores também acompanhavam as articulações do governo para formar uma base que garanta a aprovação da proposta. Começa a surgir resistência entre parlamentares, após o governo anunciar que o texto prevê idade mínima de aposentadoria de 62 anos para mulheres e de 65 para homens.
Cenário externo
No exterior, China e Estados Unidos terão mais uma rodada de negociações nesta semana. Há expectativa de que as duas maiores economias globais cheguem a um acordo que encerre a guerra comercial.
Na sexta-feira (15), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o prazo para que os países selem um acordo, que termina em 1º de março, poderá ser prorrogado. Está previsto um aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses se a negociação não for bem sucedida.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares. Assim rolou US$ 6,198 bilhões dos US$ 9,811 bilhões que vencem em março.
(Com Reuters)
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