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Dólar opera em alta, vendido perto de R$ 5,08, e Bolsa cai mais de 3%

Do UOL, em São Paulo*

12/06/2020 09h48Atualizada em 12/06/2020 14h43

O dólar comercial operava em alta nesta sexta-feira (12), enquanto a Bolsa registrava forte queda após um dia tenso nos mercados internacionais. Por volta de 14h40, a moeda norte-americana avançava 2,92%, a R$ 5,084 na venda, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caia 3,44%, a 91.424,90 pontos.

Ontem, o mercado de dólar e a Bolsa não operaram no Brasil, em razão da paralisação de Corpus Christi. No exterior, foi uma quinta-feira turbulenta, conforme os investidores reagiam a temores de uma nova onda de contaminações do coronavírus e digeriam previsões econômicas duras do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos).

A quinta-feira terminou com queda de mais de 5% nos três principais índices de ações dos EUA, a pior queda percentual desde 16 de março, quando os mercados despencaram em razão de medidas emergenciais para conter a pandemia.

Na quarta-feira (10), o dólar emendou segunda alta, de 1,05%, vendido a R$ 4,94, e a Bolsa caiu 2,13%. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Projeções negativas do BC dos EUA

Segundo analistas, a queda da Bolsa hoje reflete a aversão a risco que havia tomado os mercados globais na véspera. Ou seja, investidores estão deixando ativos considerados mais arriscados, caso das ações, e procurando aplicações mais seguras.

Ontem, o banco central norte-americano sinalizou que a economia dos EUA tem um longo caminho de recuperação pela frente e que vai atuar durante anos para fornecer apoio extraordinário para o país.

O Fed projetou uma queda de 6,5% no PIB (Produto Interno Bruto) para este ano e uma taxa de desemprego de 9,3% até o final de 2020.

"Ontem, os mercados globais tiveram fortes quedas diante da sinalização mais cautelosa do Fed e de informações de que a doença (covid-19) voltou a ganhar força em regiões dos EUA que começaram a reverter as medidas de distanciamento social", escreveram analistas do Bradesco em nota.

Em relação ao dólar, Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, citou em nota "movimento de compensação", com os participantes do mercado partindo para um movimento de recomposição de posições defensivas. Segundo ele, a "única certeza que fica é de que a 'rainha volatilidade' deve voltar a exibir forte presença no nosso mercado de câmbio".

Intervenção do BC

O Banco Central negocia hoje leilão para rolagem de até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em setembro de 2020 e fevereiro de 2021.

*Com Reuters

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