Com ameaças na Ucrânia, dólar tem menor cotação desde o fim de junho
A crise no leste Europeu afetou novamente o valor do dólar na tarde de hoje, que estava com desvalorização de 0,77% frente ao real e cotado a R$ 5,013 na venda. No fechamento, a moeda norte-americana apresentou uma queda ainda maior, de de 0,95%, a R$ 5,004.
Esse é o menor valor do dólar desde junho do ano passado, mês em que a moeda teve sua menor cotação em 2021, a R$ 4,9049. Ante a semana passada, o dólar apresentou baixa de 2,65%. No comparado com janeiro, a moeda teve desaceleração de 5,69% e, em relação a 2021, 10,26%.
O dólar está em seu quarto dia de queda consecutiva, em consequência da crescente tensão entre Ucrânia e Rússia e piorada com países do Ocidente reagindo com sanções econômicas contra o Estado russo.
Além disso, a desaceleração da moeda norte-americana é motivada por juros atrativos. No Brasil, o IPCA-15, prévia da inflação, subiu 0,99% em fevereiro ante janeiro, a maior alta para o mês em seis anos, com efeito da sazonalidade dos custos de educação. O resultado ficou bem acima do avanço esperado por economistas em pesquisa da Reuters, de 0,85%.
O mercado também está atento a potenciais votações no Senado de projetos que tentam reduzir a alta dos combustíveis.
Ontem (22) o dólar comercial caiu 1,08% e fechou vendido a R$ 5,052 e o Ibovespa a 112.891,797 pontos, com valorização de 1,04%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
(Com Reuters)
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