Dólar tomba 1,84% e fecha a R$ 5,251, após EUA subirem taxa de juros
O dólar comercial caiu 1,84% hoje e fechou cotado a R$ 5,251, sendo esse o terceiro pregão seguido em que há registro de queda. O maior motivo para a desvalorização da moeda estrangeira é o anúncio feito na tarde de hoje pelo Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, de subir a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, para a faixa entre 2,25% e 2,5% ao ano.
A reunião era aguardada pelo mercado e traz más notícias para o mercado internacional, especialmente depois do Banco Central Europeu ter tomado uma medida parecida na semana passada, renovando o medo de uma nova recessão global.
O Federal Reserve também decidiu elevar a taxa de juros paga sobre saldo de reserva para 2,4%, decisão que entra em vigor a partir de amanhã (28), e a taxa de desconto em 0,75 ponto percentual, para 2,5%.
A razão para o aumento dos juros é a inflação elevada. Em junho, a taxa oficial, que levou em consideração os últimos 12 meses, ficou em 9,1%, a maior desde novembro de 1981. Com isso, os preços dos alimentos e combustíveis permanecem elevados.
A prática de elevar juros para combater a inflação parte do pressuposto de que o consumo irá reduzir por tornar o crédito e os empréstimos mais caros.
No entanto, economistas divergem sobre a eficiência dessa medida para o atual momento, visto que os países têm enfrentado dificuldades econômicas e inflacionárias por problemas que não apenas internos, mas externos, como a Guerra da Ucrânia, o lockdown para combater a Covid-19 na China e as incertezas do futuro frente a estes desafios.
Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar, disse à Reuters que a desvalorização recente do dólar também reflete o movimento de alta no preço de algumas commodities importantes, como petróleo e minério de ferro.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Bolsa tem alta
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), teve alta de 1,67% e encerrou aos 101.437,96 pontos.
A valorização da Bolsa foi puxada, principalmente, pelo crescimento das ações da Gol (GOLL4), em mais de 10% na hora do fechamento do pregão. Pão de Açúcar (PCAR3), Carrefour (CRFB3) e CVC (CVCB3) também foram destaques positivos do dia.
*Com Reuters
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