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Bolsa sobe 1,89% com anúncio da nova regra fiscal; dólar cai

Mercado reagiu após anúncio das novas regras de controle de gastos do governo - Yuriko Nakao/Reuters
Mercado reagiu após anúncio das novas regras de controle de gastos do governo Imagem: Yuriko Nakao/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

30/03/2023 10h45Atualizada em 30/03/2023 18h28

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em alta nesta quinta-feira (30), após anúncio da nova regra de controle de gastos do governo. O índice subiu 1,89%, aos 103.713,45 pontos. O dólar comercial caiu 0,73%, cotado a R$ 5,098.

Regras de gastos do governo

A nova regra é mais flexível. A nova regra de controle de gastos do governo foi apresentada hoje. O governo Lula (PT) prevê que as despesas públicas não poderão crescer mais do que 70% da variação da receita, e ainda terão um limite máximo de expansão anual.

Este não é o melhor modelo do mundo. Certamente será de difícil execução. Outras opções existiam. Contudo, na atual conjuntura... com uma posição técnica saudável, não duvido que o mercado se anime com este anúncio.
Nota a clientes Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG

Economistas e analistas de mercado elogiaram a regra. Mas dizem que faltam detalhes de como o governo pretende garantir seu cumprimento.

Do ponto de vista da previsibilidade, o arcabouço entrega o que o mercado e o Banco Central esperavam: uma regra fiscal mais clara. É essa a maior visibilidade no radar que traz segurança para o mercado, BC, investidores e empresários.
Idean Alves, sócio da Ação Brasil Investimentos

Ainda faltam detalhes. A expectativa agora é pela apresentação do texto final da regra, prometido para semana que vem. Assim, especialistas poderão avaliar melhor todos os pontos propostos e entender o que deve ser melhorado ou ajustado.

Existe um longo caminho a ser percorrido, com possíveis alterações no texto-base. Pelo menos a partir de agora podemos ter um horizonte mais claro sobre o que aguardar da política econômica. A nebulosidade e ansiedade que havia diminuem marginalmente, o que reforça nosso cenário de possíveis cortes nos juros a partir do segundo semestre.
Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research

Cenário internacional

Os juros nos EUA podem começar a se estabilizar. No âmbito internacional, A presidente do Federal Reserve de Boston, Susan Collins, disse hoje que é provável que o banco central norte-americano eleve os juros mais uma vez este ano. "A inflação continua muito alta e os indicadores recentes reforçam minha visão de que há mais trabalho a ser feito para reduzir a inflação para a meta de 2% associada à estabilidade de preços", disse ela.

Problemas nos bancos pressionam os juros. O Fed não elevaria ainda mais a taxa devido a problemas no sistema bancário, que contribuíram para a incerteza nas perspectivas da política monetária, disse ela.

    O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

    *Com informações de Reuters