Jovens com menos de 30 anos que já faturam milhões contam truques e erros
Três jovens empresários alcançaram uma marca surpreendente: faturaram mais de R$ 2 milhões antes dos 30 anos. São eles: Bruno Queiroz, 24, fundador das franquias The Original Cupcake e The Original Cake (bolos caseiros) e Jhonathan Ferreira, 29, e Adriano Massi Lima, 27, sócios das redes Pão Express (padaria “drive-thru”) e Brasileirinho Delivery (comida típica).
Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, em geral, jovens empresários têm força de vontade, mas falta preparo. Até alcançarem o sucesso, esses três jovens milionários tiveram alguns tropeços, mas a veia empreendedora fez a diferença. Eles contam seus principais truques e erros:
Truque: confiar no próprio talento e arriscar
Queiroz fundou a rede de cupcakes (The Original Cupcake) em 2009, aos 19 anos, após voltar de uma viagem aos Estados Unidos onde conheceu o minibolo. O primeiro milhão veio em dois anos. Já em 2014, com quatro unidades próprias e 17 franqueadas, a empresa faturou R$ 12 milhões. O lucro não foi informado.
Até abrir o negócio, o jovem só havia trabalhado em uma rede de franquias. “Entrei como estagiário e seis meses depois já era gerente de expansão. Foi uma ascensão rápida”, diz. Ao todo, Queiroz ficou um ano e meio na empresa. Com o dinheiro da rescisão, investiu R$ 20 mil na abertura do primeiro quiosque de cupcakes, em São Paulo.
Erro: empolgar-se demais e tomar medidas precipitadas
No início da empresa, como a moda dos cupcakes estava em alta, Queiroz resolveu apostar na expansão e transformou o negócio em franquia. O jovem precisou trancar a faculdade de administração para tomar conta do negócio. Nesse período, no entanto, reconhece ter cometido erros devido à pouca idade.
“Abri três quiosques em Curitiba e tive de fechá-los no primeiro mês porque não conseguia administrá-los a distância e não tinha produção suficiente para atendê-los”, afirma. “Fui muito ansioso e tomei prejuízo”. O valor da perda não foi revelado.
Truque: identificar uma tendência no início e surfar na onda
Em 2013, os cupcakes já haviam saído de cena e os bolos caseiros é que começavam a ganhar espaço. Queiroz aproveitou a semelhança entre os produtos e criou a The Original Cake, com investimento de R$ 200 mil. No ano seguinte, desta vez de forma mais planejada, a marca virou franquia e faturou R$ 7,2 milhões, segundo a empresa.
“A maior dificuldade da juventude é se manter focada. É uma fase de festas, baladas e muitas coisas que distraem”, declara Queiroz. O empresário também é criador do grupo NQZ Multi, que cuida da expansão das franquias Q Reparo Express e Estética Hollywood, além das duas marcas fundadas por ele.
Truque: encontrar aliados com perfis complementares
A história de Jhonathan Ferreira e Adriano Lima, que fundaram a Pão Express no início de 2013, mostra a força de uma boa parceria. Ferreira vem de uma família de criadores de gado, enquanto Lima tem experiência como consultor de campo para redes de franquias.
Após o bom resultado com a primeira empresa, a Pão Express, no mesmo ano, a dupla investiu mais R$ 160 mil e fundou a segunda marca, a Brasileirinho Delivery, com investimento de R$ 200 mil. As duas empresas de São José do Rio Preto (438 km a noroeste de São Paulo), viraram franquias e faturaram juntas R$ 2,4 milhões em 2014.
Truque: identificar uma necessidade e oferecer a solução
O primeiro negócio dos sócios (Pao Express) foi criado na tentativa de fazer com que as pessoas economizassem tempo para ir à padaria. No formato “drive-thru”, o cliente faz o pedido dentro do carro, paga e retira na cabine. “O cliente não perde tempo procurando vaga no estacionamento, caçando o produto na prateleira e, depois, na fila do caixa”, diz Ferreira. “É possível fazer tudo sem sair do carro.”
Já a Brasileirinho Delivery foi criada para atender o público que pede comida pelo telefone que, muitas vezes, não tem opções de alimentação saudável, segundo o empresário. “A maioria das entregas é de pizza ou outro tipo de fast-food. É muito difícil encontrar quem entregue arroz e feijão”, diz.
Erro: confiar só no boca a boca e não divulgar o negócio
Ao abrir a segunda franquia (Brasileirinho Delivery), Ferreira diz ter cometido um erro comum: acreditar que o círculo de amizades e o boca a boca seriam suficientes para atrair clientela, o que não aconteceu. Às pressas, os sócios tiveram de montar panfletos de divulgação e "tropeçaram" novamente.
As fotos dos pratos mostravam os ingredientes separados. Porém, eles vêm misturados na caixa. Segundo Ferreira, isso gerou críticas por parte de alguns clientes. "Tivemos de refazer as fotos e o material de divulgação para corrigir o erro. Foi um custo a mais, mas eliminamos as reclamações de pessoas que se diziam enganadas."
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