App oferece escolta particular para carro, sem arma, por R$ 3 o minuto
Mais um aplicativo no mercado, mas não é daqueles para pedir táxi, comida ou carona. O Anjo 55 oferece escolta particular para quem quer se deslocar de carro em São Paulo e precisa de segurança pessoal. O serviço custa, em média, R$ 3 por minuto rodado (o valor pode variar de acordo com a procura).
O sistema funciona assim: após se cadastrar no aplicativo, o cliente solicita a escolta, informando o ponto de partida, o destino (opcional) e os dados do veículo a ser escoltado. Para manter sigilo, pode colocar no app apenas um apelido. Em poucos minutos, a empresa envia um vigilante de moto ao local, e ele acompanha o carro do cliente até o destino final ou até o próprio optar por interromper o serviço, quando achar necessário. O pagamento é feito pelo app. O vigilante não porta arma.
A operação é monitorada pela Central Integrada de Comenado e Controle em tempo real. "A central passa as informações ao vigilante por meio de fones de ouvido via bluetooth. O vigilante usa colete à prova de balas e leva uma câmera afixada ao uniforme, para gravar o trajeto em caso de ocorrência. Se necessário, é a central de monitoramento que aciona a polícia", disse Fernando Braga, 38, um dos sócios do app. Segundo ele, a empresa estuda a opção de oferecer escolta armada.
O serviço é oferecido em alguns bairros nobres das zonas sul e oeste de São Paulo, como Brooklin, Moema, Jardins, Morumbi, Itaim Bibi e Alto de Pinheiros. O app opera todos os dias, das 18h às 4h. Segundo a empresa, sexta e sábado são os dias de maior volume. Há opção de agendamento.
O app está disponível para iOS e Android.
A Anjo 55 começou a operar em outubro do ano passado e já tem cerca de 2.000 clientes cadastrados. O investimento inicial da empresa foi de R$ 900 mil. Faturamento e lucro médio mensal não foram revelados.
Parceria com empresa de segurança
A Anjo 55 tem parceria com a Gocil Segurança e Multisserviços, encarregada de fornecer a frota de vigilantes. Na parceria, segundo Braga, a Gocil fica com 72% do faturamento.
Braga afirmou que todos os vigilantes são treinados pela Gocil e certificados pela Polícia Federal, e que são funcionários contratados da empresa de segurança.
Vigilante sem arma pode limitar público
Fábio Gerlach, consultor de negócios do Sebrae-SP, disse que um dos benefícios da Anjo 55 é atrelar segurança à privacidade do usuário (como o uso de apelido e a impossibilidade de contato entre vigilante e cliente, por exemplo).
Outra vantagem, segundo ele, é o aplicativo oferecer garantia técnica do serviço, ao se associar a uma marca especializada em segurança.
"O modelo do negócio também é interessante para o cliente. Com a flexibilidade contratual, o usuário é quem determina por quanto tempo ele quer aquele serviço", afirmou.
Gerlach disse, no entanto, que essa flexibilidade contratual deve ser um ponto de atenção para a empresa, já que o faturamento depende da procura. "Não há uma garantia mínima de receita, pois o tempo de uso do serviço é determinado pelo cliente", afirmou.
Para o consultor, ao não oferecer escolta armada, a empresa pode estar limitando seu público-alvo. "Existem clientes que, por algum motivo, necessitam de um nível de segurança mais robusto".
Onde encontrar:
Anjo 55 - http://anjo55.com.br/
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