Dólar e ouro têm primeira queda no ano, e Bolsa emenda segundo mês de alta
Resumo da notícia
- Ibovespa sobe em maio, recuperando perdas acumuladas até março
- Dólar e ouro fazem quinto mês de ganhos e lideram aplicações em 2020
- Volatilidade ainda predomina; juros baixos afetam renda fixa
O dólar o ouro tiveram a primeira variação negativa em um mês em 2020, enquanto a Bolsa emendou o segundo mês consecutivo de valorização, mantendo a reação depois de bater no fundo do poço, em março. Apesar desses desempenhos, a dupla formada pela moeda americana e pelo metal precioso continuam na liderança do ranking de uma cesta selecionada de ativos no acumulado deste ano.
Em um mês ainda marcado pela volatilidade, com crise política e avanço do coronavírus no Brasil, os juros seguiram em queda, afetando o rendimento das aplicações atreladas ao CDI, como poupança e fundos DI. Para profissionais de mercado, as incertezas ainda predominam, mas o desempenho da Bolsa mostra que o investidor está atento às oportunidades da crise.
Desde que bateu no fundo do poço em 2020, no dia 23 de março, com 63.569 pontos, o Ibovespa já subiu 37,5%."Graficamente, o mercado vem melhorando. Já existe uma tendência de alta olhando para o curto prazo. Em um segundo momento, pensando no segundo semestre, depois que a Bolsa alcançar os 90 mil pontos e fizer algumas realizações, o mercado já deve começar a olhar para os 95 mil e 97 mil pontos", afirmou o analista da Clear Corretora, Fernando Góes, que trabalha com análise gráfica.
Apesar da reação da Bolsa, profissionais de mercado destacam que a volatilidade segue no cenário enquanto as economias continuarem influenciadas negativamente por medidas de isolamento social.
Na medida em que a retomada da atividade econômica for realizada sem recuos, algo que começou a ser verificado em maio, na China, Europa e Estados Unidos, a demanda por ativos de risco, como ações, pode continuar ganhando corpo.
Por outro lado, se houver retomada da pandemia nesses países que estão tentando voltar à normalidade, as Bolsas sofrerão novamente. E, nesse ambiente, o dólar e o ouro continuarão como bens com espaço para novas valorizações.
Por causa da economia fraca, conforme mostraram os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta sexta-feira (29), os juros devem seguir baixos, mesmo após o último corte da Selic, em maio.
Assim, aplicações que seguem o CDI, como fundos DI e caderneta de poupança, continuam rendendo menos de 0,3% ao mês.
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