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OPINIÃO

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Você já fez seu planejamento financeiro para 2023?

Planejamento financeiro: Você já fez o seu para 2023? Saiba que grande parte das metas pessoais depende de dinheiro - megaflopp/iS
Planejamento financeiro: Você já fez o seu para 2023? Saiba que grande parte das metas pessoais depende de dinheiro Imagem: megaflopp/iS
Juliana Mello

16/01/2023 04h00

Estamos no início do ano, e esse é um momento importante para as reflexões sobre os objetivos do próximo ciclo. Grande parte das metas pessoais depende de recursos financeiros.

Então, é essencial começar 2023 com esse planejamento em dia, que vai desde a construção de uma reserva de emergência para evitar sufocos, até o conhecimento mais aprofundado sobre outros investimentos que possibilitam rentabilidades atrativas para a viabilização de projetos em geral.

Hoje, as plataformas de investimento têm oferecido produtos para interesses e públicos diversos. É possível, por exemplo, comprar produtos que demandam R$ 1.000 (ou mais) como valor mínimo. Já outros veículos estipulam a quantia de apenas R$ 1 como aporte inicial.

Portanto, esse universo tem se tornado mais democrático, o que possibilita que mais brasileiros estruturem, por exemplo, as clássicas e imprescindíveis reservas de emergência.

Esse colchão financeiro pode ser a prioridade número um de um planejamento financeiro. Imprevistos podem acontecer com todas as pessoas. E, sem dúvida, ter uma quantia destinada para essas situações traz mais tranquilidade para lidar com as imprevisibilidades do dia a dia. Para as quantias destinadas a este fim, os investimentos deverão ser feitos em papéis líquidos, ou seja, com curto prazo para resgate.

Nesse contexto, atualmente existem diversas possibilidades que oferecem retornos atrativos. No geral, as principais recomendações nesse sentido são produtos de renda fixa atrelados à Selic ou CDI, principalmente em um momento em que a taxa de juros está em 13,75%, o que favorece a rentabilidade desses investimentos. Alguns exemplos são: Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

Esses investimentos podem ser encontrados nas prateleiras de plataformas distintas, desde fintechs até bancos mais tradicionais. Além disso, são mais rentáveis que a popular poupança.

Foco na rentabilidade

Depois de planejar sua reserva de emergência, o próximo passo é identificar investimentos que tragam ainda mais rentabilidade, mesmo que com menos liquidez e um pouco mais de risco. E são diversas as possibilidades nesse sentido. Vale lembrar que a máxima da diversificação é a principal recomendação, é preciso equilibrar os investimentos em renda fixa, variável, no Brasil e até no exterior.

Em todo caso, para ter decisões mais assertivas, faça constantes e aprofundadas pesquisas em fontes confiáveis. Nesse texto, por exemplo, destaco uma alternativa interessante para este ano: os fundos de investimento imobiliário (FII) de tijolo, que investem em imóveis físicos.

Culturalmente, o brasileiro associa o conceito de investimento com a prática de adquirir patrimônios físicos, principalmente imóveis. No entanto, comprar um apartamento como um investimento traz diferentes variáveis, como a dificuldade de alugar o local, a inadimplência, além de custos fixos (condomínio, contas, manutenção, entre outros). E, nesse caso, os riscos e despesas desse único imóvel se concentram em apenas um proprietário, o que contraria a lógica da diversificação.

Os FIIs de tijolos, por outro lado, pulverizam esse risco e esses custos. Na prática, esses fundos reúnem diversos investidores, chamados de cotistas, que aportam quantias em um investimento que comprará ou construirá um ou mais imóveis, muitas vezes de perfis diferentes, o que traz ainda mais diversificação. Os empreendimentos em questão serão alugados, e isso gera dividendos proporcionais aos envolvidos, ou vendidos, a fim de ter rendimentos atrativos aos cotistas. Portanto, é uma decisão de investimento que costuma ser mais vantajosa que a compra de um único imóvel, por exemplo.

Além disso, apesar de a inflação corroer o poder de compra de diversas famílias, esse tipo de investimento pode significar uma proteção neste sentido, já que contratos de aluguel, por exemplo, podem contar com uma correção atrelada ao IGP-M ou IPCA. Os benefícios podem ser muitos; o importante é entender no que se está investindo.

Os veículos de comunicação têm disseminado informações de qualidade voltadas para a educação financeira, e a indústria de investimentos tem oferecido alternativas sofisticadas e cada vez mais acessíveis a uma gama maior de pessoas. Portanto, aproveite esse período de Ano-Novo para refletir como você quer cuidar das suas economias em 2023.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.