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OPINIÃO

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Com juro alto, veja os 5 investimentos mais rentáveis da renda fixa

25/03/2022 04h00

Os investimentos de renda fixa tendem a render muito mais agora do que em nosso passado recente. Isso porque a taxa que serve como base para as aplicações de renda fixa, a Selic, teve um aumento estrondoso nos últimos 12 meses —de 2% ao ano, em março de 2021, para os atuais 11,75% ao ano.

Diante disso, tenho recebido mais perguntas de leitores sobre renda fixa e resolvi, na coluna de hoje, trazer os cinco investimentos de baixo risco mais rentáveis atualmente.

Essa lista inclui tanto as aplicações para reserva de emergência quanto aquelas para quem tem objetivo de médio e longo prazo. Confira logo abaixo.

Para reserva de emergência

Aquele dinheiro que você precisa manter guardado para o caso de uma emergência deve estar investido, preferencialmente, em opções de baixo risco e com liquidez diária (que você possa resgatar a qualquer momento).

Com essas duas características, a aplicação mais rentável atualmente é o Tesouro Selic, um título do Tesouro Direto. Atualmente esse papel rende 9,4% ao ano, já descontando um Imposto de Renda de 20%.

Mas não é porque é o mais rentável que é necessariamente o melhor para qualquer pessoa.

Um fundo de investimento do tipo DI (Fundo de Renda Fixa Referenciados DI), por exemplo, se tiver uma taxa de administração baixa, em torno de 0,5% ao ano, pode apresentar um rendimento líquido muito próximo ao do Tesouro Selic.

Além disso, alguns bancos digitais oferecem uma solução ainda mais prática, que é a conta corrente remunerada, com um rendimento próximo à taxa Selic. É o caso do PagBank e do Nubank.

Então, resumindo: para reserva de emergência o Tesouro Selic é a opção tradicional mais rentável. Porém, fundos DI com taxa de administração abaixo de 0,5% e as contas correntes remuneradas de bancos digitais também são opções adequadas.

Para médio ou longo prazo, com risco baixo

O dinheiro que você sabe que não vai precisar resgatar em menos de dois anos pode ser aplicado no Tesouro IPCA, outro título público.

Essa é a opção de longo prazo mais rentável para quem quer o menor risco possível. O Tesouro IPCA com vencimento em 2026, por exemplo, hoje rende 5,4% acima da inflação.

Isso quer dizer que se a inflação ficar em 7%, por exemplo, o Tesouro IPCA terá um rendimento de 10,9%, descontando um Imposto de Renda de 15% (nesse caso a alíquota é menor, porque estou considerando que o investimento terá prazo acima de dois anos).

Para médio ou longo prazo, com risco um pouco maior

Para quem está disposto a correr um risco um pouco maior do que o do Tesouro Direto, existem ao menos três possibilidades mais rentáveis: os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) emitidos por bancos pequenos e médios.

Em uma pesquisa rápida pelo site Yubb —que eu uso para comparar investimentos—, notei que as corretoras Nu Invest, Rico, XP e Modal Mais oferecem CDBs com rentabilidade de IPCA mais 6%. Se a inflação ficar em 7%, por exemplo, esses títulos terão um rendimento líquido de 11,4% no ano.

No mesmo site, vi que a Rico e a XP estão oferecendo uma LCA com rendimento de IPCA mais 4,05%. Também se considerarmos uma inflação de 7%, a rentabilidade ficaria em 11,3% nos próximos 12 meses.

Isso não quer dizer, necessariamente, que você precisa abrir uma conta em alguma dessas corretoras. Você pode perguntar na sua corretora ou no seu banco se eles têm uma opção de CDB com rentabilidade de IPCA mais 6%, ou uma LCA com rentabilidade de IPCA mais 4%.

Garantias

Vamos resumir, porque o texto ficou muito grande.

Os cinco investimentos mais rentáveis de renda fixa hoje, para quem não quer risco, são:

  1. Tesouro Selic (para reserva de emergência);
  2. Tesouro IPCA (para médio ou longo prazo);
  3. CDB (para risco um pouco maior);
  4. LCA (para risco um pouco maior);
  5. LCI (para risco um pouco maior)

O CDB, a LCA e a LCI, por terem um risco maior, são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o valor de R$ 250 mil.

Se seus investimentos ficarem dentro desse limite, o risco desses três títulos fica realmente muito baixo. Por conta disso, hoje eu raramente invisto em Tesouro. O valor que eu quero aplicar com baixo risco a longo prazo eu mantenho em dois CDBs indexados ao IPCA.

Alguma dúvida?

Ficou alguma dúvida sobre este texto ou sobre investimentos em geral? Envie sua pergunta para o meu grupo no Telegram. Sua questão poderá ser respondida futuramente nesta coluna.

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