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Renda passiva: quanto pode cair no bolso em 2023 com ações que mais pagam?

Dividendos são uma forma de ter renda passiva ao investir em ações - Getty Images/iStockphoto
Dividendos são uma forma de ter renda passiva ao investir em ações Imagem: Getty Images/iStockphoto

31/01/2023 04h00

Você tem ideia de quanto dinheiro é possível ganhar investindo em dividendos pagos por empresas?

Na coluna de hoje você vai saber quanto pode ganhar com as 10 ações com maior retorno em dividendos do país hoje. Nessa lista eu já excluí os papéis que caíram muito e poderiam gerar uma distorção nos resultados.

Ainda nesta coluna eu explico os riscos desse tipo de investimento e como controlá-los.

As dez ações com maior retorno em dividendos

Estas são as dez empresas que atualmente apresentam o maior retorno em dividendos (o DY, na sigla em inglês) do país hoje:

  1. BrasilAgro: 17,9%
  2. CSN Mineração: 17,8%
  3. Taesa: 17%
  4. Unipar: 16,4%
  5. Cemig: 13,7%
  6. Mahle Metal Leve: 13,6%
  7. Gerdau: 13,6%
  8. CSN: 12,9%
  9. EDP Brasil: 12,6%
  10. Copel: 11,9%

A porcentagem se refere ao retorno que o investidor terá se investir hoje na companhia e ela continuar distribuindo dividendos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.

Por exemplo, para cada R$ 1.000 que você investir na BrasilAgro, a tendência é receber R$ 179 ao longo dos próximos 12 meses, caso a empresa mantenha o ritmo atual de pagamento de proventos.

É fundamental prestar atenção no trecho final da frase ("caso a empresa mantenha o ritmo atual de pagamento de proventos"), pois não há nenhuma garantia de que uma empresa mantenha o ritmo de remuneração aos acionistas. Isso vale para todas as companhias citadas nesta coluna.

E qual é o retorno mediano das 50 melhores pagadoras de dividendos?

As dez empresas acima são exceções, não a regra. Se você escolher aleatoriamente uma empresa e investir nela, provavelmente terá um retorno bem menor.

A mediana do retorno em dividendos das 50 melhores pagadoras está atualmente em 9,29% ao ano, de acordo com levantamento que eu mesmo fiz para esta coluna. Isso quer dizer que, das 50 companhias analisadas, metade (25) apresenta um retorno acima de 9,29%, e a outra metade, abaixo.

Para chegar às 50 melhores pagadoras, selecionei as ações mais negociadas do país (com ao menos R$ 1 milhão em negócios por dia), retirei todas as que não pagaram dividendos nos últimos 12 meses e também excluí aquelas que tiveram uma queda de mais de 20% na sua cotação do último ano.

Também ficaram fora da lista as ações com DY acima de 50%, como a Petrobras. Esse nível de retorno tem baixíssima probabilidade de se sustentar a longo prazo. Portanto, manter na lista empresas nessa situação iria distorcer a sua percepção de quanto geralmente se ganha com dividendos.

Quais são os riscos?

Os investimentos em ações, mesmo com objetivo de receber dividendos, são de alto risco. Para as empresas manterem o ritmo de remuneração ao acionista (e, portanto, oferecerem de fato o retorno previsto), é preciso que elas não alterem suas políticas de dividendos e que não reduzam seus lucros.

Antes de investir, é necessário verificar as chances de a empresa continuar ou aumentar o pagamento de dividendos ao longo do tempo. Às vezes, ela está com alto DY devido a algum fator não recorrente.

Para reduzir o risco de o seu investimento não trazer o retorno previsto, é importante verificar se os fundamentos da empresa estão bons (ou seja, se ela é capaz de gerar um bom caixa a partir das suas vendas, se seu endividamento está controlado) e se o seu setor tem boas perspectivas etc.

Além disso, é preciso ter em mente que nenhum estudo a respeito de uma empresa é capaz de reduzir a zero os riscos de perda. O que se faz, além de analisar a companhia, é distribuir o investimento em mais de um ativo (atualmente minhas aplicações na Bolsa estão em nove papéis diferentes).

Alguma dúvida?

Tem alguma dúvida sobre investimentos? Me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua pergunta poderá ser respondida em breve nesta coluna.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.