Quanto preciso investir em imóveis para receber R$ 5.000 por mês em aluguel
Você pensa em investir em imóveis para complementar a sua aposentadoria ou mesmo viver somente da renda de aluguéis?
Veja abaixo quanto você precisaria investir, hoje, para receber R$ 5.000 por mês como locador, seja comprando um imóvel inteiro, seja aplicando em fundos imobiliários. Vale lembrar que os investimentos em imóveis (tanto a compra direta quanto a aplicação em fundos) têm riscos.
Comprando um imóvel inteiro: R$ 1,1 milhão
Após uma breve pesquisa em sites de venda e aluguel de imóveis, cheguei ao seguinte resultado: para se obter uma renda de R$ 5.000 por mês é preciso investir, em média, R$ 1,1 milhão.
Para chegar a esse dado, escolhi aleatoriamente dez imóveis residenciais que estão anunciados tanto para aluguel quanto para venda em São Paulo.
Por exemplo, um apartamento de dois quartos na região central de São Paulo (bairro da Bela Vista) está anunciado para locação por exatos R$ 5.000 por mês. O mesmo imóvel também está disponível para venda por R$ 1,12 milhão.
Fazendo as contas, esse seria um retorno de 0,45% ao mês. Embora essa pesquisa não seja exaustiva (foram dez imóveis, como eu disse), a maioria dos anúncios encontrados apresentava taxas de retorno muito próximas a essa.
Leve em consideração que os dados se referem a anúncios, não a negócios fechados. É bem possível que esses imóveis acabem sendo alugados ou vendidos com desconto.
Em um cenário otimista para o investidor, podemos supor que você compre um desses imóveis com um desconto de 15% e depois o alugue sem desconto, ou seja, pelo preço do anúncio. Nesse caso, você estaria investindo R$ 935 mil para obter uma renda de R$ 5.000.
Agora, em um cenário pessimista, em que você compre o imóvel pelo preço anunciado e depois tenha que dar desconto de 15% para conseguir alugar, você estaria investindo R$ 1,1 milhão para obter uma renda de R$ 4.250 por mês.
Investindo em fundos imobiliários: R$ 620 mil
Para obter um rendimento médio de R$ 5.000 por mês com fundos de investimento imobiliário (FIIs) é preciso aplicar, aproximadamente R$ 620 mil.
Para chegar a esse dado, levantei os FIIs de logística mais negociados do país. Se considerarmos fundos no setor de escritórios (as chamadas "lajes corporativas") ou de shopping centers, são necessários R$ 670 mil para se obter uma renda de R$ 5.000 por mês.
Investir em um fundo imobiliário desses setores citados equivale a comprar uma fração de um imóvel (de um galpão, shopping ou prédio corporativo, por exemplo) e receber, mensalmente, a renda dos aluguéis dessas propriedades.
Observe a diferença
Basicamente, se você optar por comprar imóveis inteiros, você pode acabar tendo que investir 77% mais do que se montar uma carteira de fundos imobiliários.
Além disso, considere que, nos FIIs, você não tem a dor de cabeça de lidar com problemas relacionados ao imóvel, tais como necessidade de reparos, eventuais desentendimentos com o inquilino etc.
Outra diferença importante entre comprar o imóvel inteiro e investir em um fundo imobiliário é que, no primeiro caso, se um dia você precisar vender a sua propriedade, é possível que demore meses ou mais de um ano até conseguir um comprador. Já no caso dos fundos, você consegue vender todas as suas cotas em semanas.
Também é importante você saber que, com fundos imobiliários, é possível espalhar o seu investimento em vários imóveis.
Por exemplo, uma cota de um FII costuma custar em torno de R$ 100. Isso significa que, com R$ 1.000 você já consegue diversificar seu patrimônio em dez fundos diferentes, sendo que cada um deles pode ter diversos imóveis.
Riscos
Vale lembrar que os investimentos em imóveis (tanto a compra direta quanto a aplicação em fundos) têm riscos.
Basicamente, existe chance de você ter uma renda menor que a esperada (por exemplo, se o imóvel tiver vacância) e há também a possibilidade de a propriedade (ou as cotas de um fundo) se desvalorizar no mercado.
Alguma dúvida?
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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