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Como juntar R$ 100 mil no Tesouro Direto em até 10 anos; veja simulações

Vergani_Fotografia/iStock
Imagem: Vergani_Fotografia/iStock

17/03/2023 04h00

Você sabe quanto precisa investir por mês no Tesouro Direto para juntar R$ 100 mil?

Veja simulações para quem quer atingir esse valor em três, seis ou dez anos.

Quanto investir para alcançar R$ 100 mil

  • Em três anos: R$ 2.373 por mês
  • Em seis anos: R$ 1.000 por mês
  • Em dez anos: R$ 472 por mês

Para atingir R$ 100 mil em três anos, é preciso investir R$ 2.373 todos os meses no Tesouro Direto, especificamente no título chamado Tesouro Prefixado 2026, considerando a rentabilidade atual.

Com isso, você terá investido um total de R$ 85,4 mil no período e recebido R$ 14,6 mil em juros, já descontado o Imposto de Renda.

Para investir por mais tempo, é necessário aplicar no Tesouro Prefixado 2029, para atingir o objetivo em seis anos, e no Tesouro Prefixado 2033, para chegar lá em 10 anos.

Se o objetivo for alcançar os R$ 100 mil em seis anos, é preciso aportar R$ 1.000 por mês no mesmo título. Dessa forma, você terá pago R$ 72 mil ao longo dos anos e ganhado R$ 28 mil em juros. Nesse caso, o título adequado seria o Tesouro Prefixado 2029.

Em dez anos, o valor necessário dos aportes fica em apenas R$ 472, o que dá um total de R$ 57 mil investidos e R$ 43 mil em ganhos com juros.

O título para quem pretende investir por dez anos é o Tesouro Prefixado 2033 com juros semestrais. O cálculo considera que você reinvista no mesmo título os juros que você ganhará a cada semestre, além de manter os aportes do seu bolso.

Descontando a inflação

Os dados acima consideram alcançar o valor de R$ 100 mil sem considerar a inflação. Porém, daqui a dez anos, ou mesmo três anos, essa quantia não terá o mesmo poder de compra que tem hoje.

Para obter o valor equivalente ao que são R$ 100 mil hoje, seria preciso investir, nos mesmos papéis:

  • Em três anos: R$ 2.555 por mês
  • Em seis anos: R$ 1.170 por mês
  • Em dez anos: R$ 622 por mês

Nesse caso, é preciso, ainda, que os aportes sejam atualizados pela inflação, pelo menos uma vez por ano. Por exemplo, se você começou aportando R$ 622 por mês, e se a inflação ficar em 10% nos próximos 12 meses, a partir do 13º mês você passa a aplicar R$ 684 por mês (que é o valor inicial mais 10%).

Os números consideram uma inflação de 5% ao ano, número próximo à projeção de analistas consultados pelo Banco Central.

Mudança de cenário

Não é possível saber exatamente como a inflação e os juros vão se comportar ao longo do tempo. Por isso, as simulações consideram o cenário atual.

Para fazer investimentos de médio e longo prazo, como esses, é preciso acompanhar as mudanças de cenário e ajustar o valor dos aportes conforme a necessidade.

Por exemplo, se a taxa básica de juros cair, provavelmente os títulos passarão a oferecer uma rentabilidade menor. Dessa forma, o seu ganho com juros ficará abaixo do esperado, sendo necessário aumentar o valor dos aportes para atingir os mesmos R$ 100 mil.

O poder dos juros

Com a coluna de hoje, quis chamar atenção para o fato de que, se você investir bem o seu dinheiro, consegue obter um ganho significativo em juros, mesmo na aplicação mais segura de todas, que é o Tesouro Direto.

Veja que, na simulação de dez anos, o ganho com juros equivale a quase metade (43%) do valor alcançado. Ou seja, se você investir mal o seu dinheiro, pode demorar muitos anos mais para no final atingir o mesmo valor.

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