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Quanto você ganha ao investir R$ 1.000 em fundos imobiliários recomendados?

Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) têm sido cada vez mais procurados por investidores que querem receber uma renda todos os meses. No entanto, existem mais de 400 fundos desse tipo no Brasil e nem todos eles são recomendados por analistas.

Para a coluna de hoje eu separei os cinco FIIs mais indicados por equipes de análises e verifiquei quanto é possível ganhar, em um ano, para um investimento inicial de R$ 1.000.

Os FIIs mais recomendados e quanto rendem R$ 1.000

Os cinco FIIs abaixo aparecem em pelo menos três carteiras recomendadas por bancos e corretoras, sendo os mais citados atualmente. Veja qual é o retorno esperado de cada um em dividendos, para um investimento de R$ 1.000.

  • BTCI11: R$ 126
  • RBRR11: R$ 112
  • VISC11: R$ 85
  • VILG11: R$ 80
  • PVBI11: R$ 70

A lista dos fundos foi elaborada pelo sistema de inteligência artificial do aplicativo Grana (do qual sou sócio, vale deixar claro). Essa ferramenta faz uma busca nos relatórios públicos de recomendações de FIIs e identifica os fundos mais indicados por analistas.

As siglas são os códigos de negociação desses FIIs na Bolsa. A lista se lê da seguinte forma: investindo R$ 1.000 no BTCI11, a tendência é receber, ao longo dos próximos 12 meses, um total de R$ 126, caso o fundo continue pagando rendimentos no mesmo ritmo do último ano. Isso representa um retorno em dividendos (DY, na sigla em inglês) de 12,6% ao ano, nos últimos 12 meses. Considerando que o rendimento é isento de Imposto de Renda, essa rentabilidade chama atenção.

Mas o bom retorno em dividendos não deve ser o único fator analisado na hora de investir em um fundo imobiliário. Nenhum dos retornos mencionados na lista acima é garantido. Eles apenas representam quanto você ganhará se esses FIIs continuarem remunerando os investidores no mesmo ritmo dos últimos 12 meses. Porém, os fundos podem tanto diminuir quanto aumentar essa remuneração.

Quais são os tipos de fundos mais rentáveis

Os dois primeiros fundos da lista (BTCI11 e RBRR11) são do tipo chamado "de papel", que tem um risco maior do que os fundos "de tijolo". Fundos de papel são aqueles que representam dívidas relacionadas ao setor imobiliário. Ou seja, quando você investe neles, está se tornando credor de pessoas ou empresas que, por exemplo, tomaram dinheiro emprestado para comprar ou construir um imóvel.

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Portanto, se for investir em algum deles, saiba que está correndo o risco de que parte dos devedores acabe ficando inadimplente. Isso reduziria os seus ganhos mensais e poderia lhe causar algum prejuízo.

Os outros três fundos citados, apesar de renderem um pouco menos, são do tipo chamado "de tijolo", em geral com risco menor. Ao investir em um fundo de tijolo, você se torna um dos donos de um ou mais imóveis. Dessa forma, você passa a receber na sua conta corrente, todos os meses, uma fração do valor do aluguel que os inquilinos desses imóveis pagam.

O fundo VISC11 possui shopping centers espalhados por diversas cidades do Brasil. Já o VILG11 possui galpões logísticos, e o PVBI11 detém prédios de escritório em São Paulo.

Nesse caso, o principal risco que você corre é de os inquilinos saírem ou ficarem inadimplentes. Caso ocorra alguma dessas duas possibilidades, os seus rendimentos podem ser reduzidos (inclusive a zero) por algum tempo.

Mas, mesmo em caso de vacância, os investidores continuam sendo donos dos imóveis que fazem parte do fundo. É possível que essas propriedades voltem a receber locatários no futuro e recuperem o ritmo de pagamento de dividendos.

É por esse motivo que, em geral, os fundos de tijolo têm risco menor. Porque, se houver inadimplência ou vacância, na maioria das vezes a renda é recuperada assim que os imóveis ganhem novos locatários.Antes de investir neles ou em qualquer outro FII, o ideal é ler os relatórios elaborados por especialistas, pois esse tipo de ativo tem riscos e pode provocar prejuízos.

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