No Investigando o Mercado de hoje, vamos analisar os resultados apresentados pela Cosan (CSAN3) e pela Vivara (VIVA3) na sexta-feira (14), após o fechamento do pregão.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
Cosan: bons resultados
A Cosan S.A., holding que comanda Raízen, Rumo, Moove e Comgás, apresentou bons resultados consolidados no primeiro trimestre, com crescimento importante de receita e Ebitda (aproximação da geração de caixa bruta), porém com rentabilidade ainda aquém do potencial total das companhias controladas.
O destaque do resultado ficou com a Raízen Combustíveis (Marketing & Serviços), com recuperação da margem Ebitda/m³ voltando aos patamares acima de R$ 110, puxados pelo bom desempenho na Argentina e maior preço realizado de combustíveis no Brasil.
A Rumo também obteve crescimento no volume transportado de produtos (13% na comparação anual), com recuperação das tarifas médias de transporte (6% de crescimento). A Moove, por sua vez, obteve crescimento de mais de 60% no Ebitda, em mais um trimestre recorde.
O destaque negativo foi o menor volume de vendas de açúcar próprio e etanol pela Raízen Energia, além da maior parcela de comercialização de energia via trading, combinado com preços menores no mercado livre, com o Ebitda recuando 26,1% na comparação anual para o segmento.
No consolidado, a Cosan obteve receita líquida de R$ 22,5 bilhões (crescimento de 24% na comparação com o primeiro trimestre de 2020), Ebitda de R$ 2,6 bilhões, ajustado por efeitos não-recorrentes (8% acima na comparação anual) e geração de caixa operacional de R$ 3,8 bilhões, crescimento de 30% em relação ao ano anterior, sobretudo pela incorporação da Rumo em seu balanço total, pelo crescimento forte da Moove e pela recuperação de margens da Raízen Combustíveis.
Esperamos reação positiva para as ações da companhia (CSAN3).
Vivara: Resultados contidos
A Vivara (VIVA3) divulgou resultados mais contidos, ainda afetados pelo fechamento dos shoppings, onde a companhia possui a maior parte de suas lojas.
O resultado trouxe expansão nas vendas em mesmas lojas (em inglês, same store sales, métrica conhecida como SSS), registrando 2,5% no trimestre, ante uma queda de 7,4% no mesmo período do ano anterior.
O destaque ficou com o e-commerce, responsável por impulsionar o crescimento de receita bruta em 3,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2020. As vendas digitais contribuíram com alta de 160,2% no período, compensando as quedas em vendas nas demais linhas. A receita líquida avançou em 5,6% no ano contra ano, totalizando R$ 217,7 milhões.
A margem bruta exibiu queda de 1% na comparação anual, registrando 65,5% no período. A queda ocorreu principalmente devido ao maior nível de perdas de estoque motivadas pelo maior volume de produtos para derretimento, além dos ajustes de produção da linha Life.
A companhia optou por manter projetos estruturais e investimento em marketing, mesmo com o desempenho afetado pela redução de funcionamento dos shoppings. Com isso, a linha de despesas operacionais avançou em 6,9% no ano contra ano, registrando R$ 117,5 milhões.
A companhia apresentou resultados mais modestos, ainda se recuperando dos efeitos da pandemia no trimestre. Esperamos impacto levemente negativo no preço das ações no curto prazo.
Para o segundo trimestre, mantemos uma perspectiva positiva, com reabertura das lojas e gradual recuperação em vendas. Como principais catalisadores para a ação da Vivara, elencamos a retomada da inauguração de novas lojas, a expansão do canal digital e a recuperação em vendas em shopping centers.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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