Acidentes na Vale e na Usiminas interrompem produções, veja impactos
Hoje vamos conversar sobre acordo estratégico firmado pela Eneva (ENEV3) para desenvolver Terminal Portuário em Macaé e sobre incidentes com a Usiminas (USIM5) e a Vale (VALE3).
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Eneva irá formar joint venture com Grupo Vale Azul
A Eneva (ENEV3) divulgou na noite da última sexta-feira (24) a assinatura de um acordo de exclusividade e preferência com o Grupo Vale Azul (GVA) e com a Tepor (Terminal Portuário de Macaé) para formar uma joint venture (JV) entre com a GVA e desenvolver e operar o projeto do Tepor no Norte Fluminense.
O Grupo Vale Azul obteve licença prévia para o projeto de gás natural no Tepor de Macaé (RJ). A licença ambiental inclui: (i) um terminal de granel líquido; (ii) um terminal de apoio offshore; (iii) um terminal de GNL com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia; (iv) um terminal para manuseio de operações de petróleo bruto com quatro cais de atracação; e (v) algumas retroáreas primárias, secundárias e terciárias na costa que suportam tais terminais, medindo aproximadamente 4 milhões de metros quadrados.
A operação está sujeita à realização de estudos técnicos e à avaliação de viabilidade financeira. Assim que a transação for efetivada, a Eneva será o acionista controlador, detendo 65% do total de ações, e o GVA deterá 35%.
O acordo é um passo importante na estratégia da Eneva de diversificação geográfica. A empresa poderá desenvolver um hub de gás no Sudeste, com térmicas, infraestruturas associadas e suprimento de GNL via terminal de regaseificação, e com grande potencial de acessar gás doméstico, uma vez que se localiza em Macaé, próximo ao Terminal de Cabiúnas e ao ponto de chegada na costa do gasoduto Rota 2, de escoamento de volume relevante da produção nacional atual.
Se concretizada, a operação dará à Eneva a opção de desenvolvimento de outros negócios no Tepor, como a distribuição de GNL em pequena escala, transbordo de óleo, líquidos e outras cargas.
Vale e Usiminas: acidentes interrompem produções
A siderúrgica Usiminas (USIM5) informou na manhã de ontem (27) a ocorrência de um acidente na usina de Ipatinga (MG). Por conta do acidente, as operações do Alto Forno 2 serão suspensas por um período de três a cinco meses. A companhia não deu mais detalhes em relação ao acidente.
Já na tarde de ontem (27), a Vale (VALE3) comunicou um incidente em sua mina de Totten, no Canadá. Segundo a companhia, uma pá escavadeira se desprendeu quando estava sendo transportada, bloqueando o túnel de acesso e deixando 39 funcionários presos na mina. O incidente ocorreu na tarde de domingo (26) e não houve feridos. Ainda segundo a Vale, os funcionários possuem comida e água, e a prioridade da companhia é o resgate de forma segura e rápida.
No caso da Usiminas, o equipamento possui capacidade de produção de 600 mil toneladas de ferro-gusa por ano. Portanto, a perda de produção pode chegar a 275 mil toneladas. Para cumprir suas entregas, a Usiminas deve comprar placas no mercado. Apesar da notícia negativa, as ações USIM5 fecharam o dia estáveis.
Para a Vale, o problema deve ser resolvido em breve sem impactos relevantes nas operações e nas ações da companhia. A mina em questão produziu 3.600 toneladas de níquel no primeiro semestre de 2021.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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