Minerva quer ir à Bolsa dos EUA, e Amil está à venda; leia análise
Hoje comentaremos a possibilidade de a Minerva listar suas ações nos EUA e falaremos sobre a procura da UnitedHealth por comprador para a Amil.
Confira a seguir o comentário de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre essas movimentações. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
Minerva estuda listar ações nos EUA
Uma das maiores empresas de proteínas do país, a Minerva (BEEF3) afirmou, via fato relevante, que seu Conselho de Administração autorizou a diretoria da companhia a iniciar estudos para uma eventual migração de sua base acionária ao exterior, abrindo caminho para a listagem de suas ações em outro país.
A companhia não deu muitas informações sobre a possível migração, mas disse que divulgará novos comunicados aos acionistas e ao mercado caso decida continuar com o processo.
Avaliamos que uma possível migração para o mercado acionário norte-americano seria positiva para a empresa, que poderá ser listada com as maiores empresas de alimentos do mundo, o que permitiria uma precificação mais precisa. Na sexta-feira (14), as ações da Minerva fecharam em R$ 10,27, alta de 1,68%.
Além disso, apesar de esse processo demorar meses, caso realmente venha a acontecer, uma listagem nos Estados Unidos faz sentido para a companhia, já que a maior parte de sua receita é dolarizada, dependendo pouco do cenário econômico brasileiro.
UnitedHealth procura comprador para a Amil
A gigante de saúde americana UnitedHealth (UHS) está negociando a venda do controle da Amil dez anos após sua compra, com o intuito de reduzir suas operações no Brasil. No passado, o grupo americano pagou caro pela aquisição, cerca de R$ 10 bilhões.
Segundo fontes de um jornal, grandes grupos de saúde do país, como SulAmérica (SULA11) e Bradesco Seguros, já foram sondados, mas a disputa estaria entre a rede de hospitais Rede D'Or (RDOR3) e a família Bueno, dos fundadores da Amil, que também controla a Dasa (DASA3).
Desde a aquisição, a americana UHG não conseguiu reverter a situação da adquirida, tendo tentado uma reestruturação que passou de corte de pessoal até a troca de executivos. A UHG está avaliada em US$ 445 bilhões, lucrando mais de US$ 4 bilhões só no ano passado.
Acreditamos que a UnitedHealth, provavelmente, vai querer se desfazer da Amil a qualquer custo. Ainda não foram divulgados valores pedidos pela transação, mas esse cenário pode significar uma bela oportunidade para a companhia que comprar a Amil.
Por fim, para a Rede D'Or, o maior interesse seria na parte dos hospitais, mas, segundo fontes, a operação poderia ser barrada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) por causa de uma concentração de mercado, visto que hoje a companhia possui mais de 60 hospitais, além de ser uma acionista relevante na operadora de planos de saúde Qualicorp (QUAL3).
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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